EUA: com impasse histórico, presidente da Câmara segue indefinido
Divergências entre deputados do Partido Republicano causa atraso para decidir presidente da Câmara dos EUA, após nove votações
atualizado
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A Câmara de Representantes dos Estados Unidos (EUA) passou pela sua nona votação, nesta quinta-feira (5/1), para decidir o representante do Partido Republicado que irá presidir a casa, mas sem definição. O principal candidato da sigla, Kevin McCarthy, da Califórnia, sofre uma grande oposição interna e não consegue alcançar os 218 votos necessários.
Em seu terceiro dia consecutivo, a votação para liderança da Câmara é a mais longa disputa entre os parlamentares desde 1923.
McCarthy apresentou concessões importantes com o intuito de obter os 218 votos necessários para presidir a Câmara dos EUA. Contudo, o parlamentar não consegue agradar a maioria do Partido Republicano, maioria da Casa.
A bancada republicana se dividiu entre McCarthy, Byron Donalds, da Flórida, e Kevin Hern, do Oklahoma. Com um enorme embate, o deputado republicano Matt Gaetz, da Flórida, votou no ex-presidente Donald Trump para assumir a Câmara dos EUA. A Constituição norte-americana declara que qualquer pessoa pode ser eleita para o cargo de presidente da Casa, mesmo que não eleita pelo voto popular.
O Partido Republicano ocupa, atualmente, 222 assentos, contra 212 dos democratas. O presidente da Câmara necessita de 2018 para se eleger. Contudo, o maior número alcançado por McCarthy foi de 203 votos, atrás do democrata Hakeem Jeffries que conta com o apoio integral da sigla.
Sem a escolha de um presidente, a Câmara dos EUA não pode empossar seus novos membros, decidir os integrantes de comissões, apresentar projetos, ou abrir até mesmo qualquer uma das investigações abertas contra o governo do democrata Joe Biden.