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EUA: candidatos driblam pauta ideológica para focar em economia

Em uma corrida eleitoral marcada por pautas ideológicas, Kamala e Trump passam a apresentar propostas econômicas mais consolidadas

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1 de 1 Imagem colorida de Kamala e Trump - Metrópoles - Foto: Arte Metrópoles

A 41 dias das eleições presidenciais nos Estados Unidos, os candidatos Kamala Harris e Donald Trump buscam deixar as pautas ideológicas –aborto, drogas e imigração – em segundo plano e começam a focar em propostas econômicas.

As campanhas decidiram mudar os discursos pois as pesquisas eleitorais mostram que a economia é uma das questões mais importantes para os eleitores. Enquete recente da Associated Press e NORC mostra que nenhum dos candidatos possuem vantagem decisiva com o público quando o assunto são propostas econômicas.

Enquanto Donald Trump busca ao máximo colar a imagem de comunista à Kamala, relembrando que o pai da democrata era professor de economia marxista em Stanford, a vice-presidente dos EUA busca enfatizar sua credibilidade de capitalista.

Kamala constantemente chama o ex-presidente de “garoto rico e mimado”, que recebeu US$ 400 milhões do pai em uma “bandeja de prata” e que não teria preocupação nenhuma com a classe média e os pobres.

Trump e Kamala tentam vincular a si a imagem de que reduziriam ao máximo os impostos dos EUA, enquanto que o oponente os aumentaria para a classes mais baixas.

Propostas econômicas de Kamala

Durante um evento em Nova York, no domingo (22/9), Kamala Harris fez um discurso sinalizando às coorporações que entende a necessidade de reduzir a burocracia do governo. Ela disse que trabalhará junto a eles para criar um ambiente favorável ao desenvolvimento econômico dos EUA.

“Criaremos um ambiente de negócios estável, com regras de trânsito consistentes e transparentes. Investiremos em semicondutores, energia limpa e outras indústrias do futuro. Cortaremos burocracia desnecessária, e tudo isso criará empregos, impulsionará o crescimento econômico de base ampla e consolidará a liderança da América em todo o mundo”, disse a democrata.

Mark Cuban, bilionário empreendedor do estado-pêndulo da Pensilvânia, afirmou que muitos líderes empresariais estão apoiando Kamala, pois ela assumiu posições ponderadas que as empresas podem entender, apesar de partirem de uma perspectiva diferente.

“Quero um presidente que, para os negócios, entre em detalhes e tenha uma equipe de políticas que entenda todas as ramificações do que foi proposto”, disse Cuban em um evento organizado pela campanha democrata nessa terça-feira (24/5).

Classe média

Desde o começo da campanha, Kamala busca colocar a classe média como prioridade ao falar sobre sua própria origem, com o objetivo de mostrar que suas ideias nascem de sua própria jornada.

A campanha da democrata afirma que ela preservará os cortes de impostos para famílias que ganham US$ 400.000 ou menos, ou seja, cerca de 98% dos americanos.

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Vance e Trump
Kamala Harris bateu forte no adversário, Donald Trump
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Kamala Harris bateu forte no adversário, Donald Trump

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Republicano Donald Trump
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Kamala Harris discursando

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Kamala Harris no primeiro dia da Convenção Democrata

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Kamala

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Posicionamento econômico de Trump

Donald Trump iniciou sua campanha enfatizando a necessidade de aumentar a produção de pretóleo no país e preservar a insenção fiscal sobre grandes forturnas, com o intuito de estimular o crescimento do país. Diante da repercussão negativa, o republicano tem apresentado novas ideias nos últimos dias.

O ex-presidente afirma não querer impostos sobre gorjetas, previdência social ou pagamento de horas extras. Ele ainda propõe limitar a taxa de juros dos cartões de crédito a 10% e criar zonas de baixa tributação em terras federais para atrair empregadores.

Trump também diz querer abandonar o limite na redução de impostos estaduais e locais que ele colocou no código tributário, em 2017, quando era presidente.

O republicano defende que estenderia de forma permanente o corte de imposto iniciado em 2017 e que expirará em 2025. Essa política fiscal, em 10 anos, geraria um custo de US$ 4 trilhões e concentra os benefícios fiscais às corporações e aos mais ricos. O argumento do republicano é que os custos elevados podem ser compensados ​​pelo aumento do crescimento e pela redução dos gastos.

Em discurso na Geórgia, nessa terça-feira, ele destacou a palavra “tarifa” como uma das palavras mais bonitas que já ouviu, pois, segundo ele, é por meio do aumento das tarifas que ocorreria a arrecadação de centenas de bilhões em receitas fiscais sem gerar inflação.

No entanto, a maioria das análises econômicas diz que tarifas amplas piorariam a inflação. O banco de investimento Goldman Sachs sugeriu que as tarifas, acompanhadas por uma repressão aos imigrantes nos Estados Unidos, prejudicariam o crescimento do país.

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