EUA: brasileira encontrada morta foi identificada pela arcada dentária
A brasileira Suzan Christian Barbosa Ferreira, 42 anos, foi encontrada morta e nua às margens de uma rodovia de Detroit (EUA)
atualizado
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O corpo da brasileira Suzan Christian Barbosa Ferreira, 42 anos, encontrada morta e sem roupas às margens de uma rodovia da zona rural de Detroit, Estados Unidos, no último dia 30, foi reconhecido por meio da arcada dentária. Segundo familiares, eles enviaram um raio-X ao país para que a identificação fosse feita.
A irmã e a mãe de Suzan falaram sobre o caso em entrevista ao programa Encontro, da TV Globo, na manhã desta terça-feira (9/7). Elas souberam da morte da familiar por meio de uma reportagem em um site de notícias norte-americano.
“[O cunhado de Suzan] Entrou em contato com o detetive que estava mencionado na reportagem. Ele logo respondeu, e [o cunhado] passou o telefone, a foto e o passaporte dela. No dia seguinte, entrou em contato comigo e fez algumas perguntas e pediu um raio-X dentário para comparar com a arcada do cadáver”, contou Roberta Natiara, irmã de Suzan.
A família, que mora em Pedro Leopoldo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, pede ajuda para trazer o corpo de Suzan ao Brasil. O valor do traslado deve ficar em torno de R$ 100 mil.
Em nota enviada ao Metrópoles, o Ministério das Relações Exteriores informou que a legislação não permite que recursos públicos sejam utilizados nesse tipo de caso.
“Os custos do traslado são muito altos, e eu não disponho de todo esse dinheiro. Peço, encarecidamente, por ajuda. Precisamos contratar serviços funerários, a certidão de óbito, e não temos muito tempo. Precisamos logo para poder cuidar das coisas dela aqui, da minha sobrinha, que é menor de idade e vou me responsabilizar por ela”, completou Roberta Natiara.
A família fez uma vaquinha para conseguir o valor do traslado. Até o momento, eles arrecadaram R$ 30 mil da meta de R$ 100 mil.
Quem era Suzan
Suzan Christian Barbosa Ferreira era mineira e morava em Pedro Leopoldo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, com a família.
Ela era a filha do meio entre três irmãs e mãe de dois filhos, um menino, de 5 anos, e uma adolescente, de 15. Suzan trabalhava havia seis meses na loja de produtos importados da irmã e do cunhado.
Em junho, a mulher viajou sozinha pela primeira vez para os Estados Unidos em busca de fornecedores para o negócio da família.
A irmã Roberta Barbosa Ferreira descreveu Suzan como uma pessoa bondosa e batalhadora, que começou a trabalhar aos 13 anos para ajudar em casa.
“Era uma pessoa vaidosa, gostava de se arrumar, alegre, tinha um jeito leve de viver. Era muito bondosa. Tirava dela para dar aos outros. Chegava a ser ingênua, boba. Por isso, que acho que ela pode ter caído em algum golpe”, contou Roberta ao G1.
A mãe de Suzan, Irene Maria Barbosa, disse que a filha era muito guerreira e querida, tinha “o coração muito bom” e “ajudava as pessoas”.
Relembre o caso
A brasileira Suzan foi encontrada morta e sem roupas às margens de uma rodovia na zona rural de Detroit, nos Estados Unidos, no último dia 30. A família pede ajuda para trazer o corpo da mulher ao país.
De acordo com parentes, a principal suspeita é de que Suzan tenha sido vítima de crime sexual. As informações são do G1.
A irmã de Suzan contou que a mulher foi para os Estados Unidos há cerca de um mês e chegou a ficar desaparecida por uma semana. Ela trabalhava com importação e viajou sozinha a negócios.
“Era a única [das irmãs] que tinha visto; por isso, fez a viagem. Não tinha desavenças no Brasil, não usava drogas. A gente só sabe que foi um crime sexual, porque ela foi encontrada nua”, explicou a irmã Roberta ao G1.
Polícia norte-americana investiga
Ainda segundo a família, a polícia norte-americana investiga o caso, mas, até o momento, não há informações sobre o que exatamente aconteceu com Suzan.
“A última mensagem foi quando ela disse que estava num hotel e estava cansada, que iria tomar banho e descansar. Ela não mencionou que sairia. Os investigadores da polícia nos EUA não passaram informações sobre possíveis motivações”, acrescentou a irmã.
Em nota enviada ao Metrópoles, o Ministério das Relações Exteriores, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Chicago, informou que “tem conhecimento do caso e está em contato com as autoridades locais e com os familiares da cidadã brasileira para prestar a assistência consular cabível.”