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EUA atrasa invasão terrestre de Israel a Gaza por causa de reféns

Os EUA também temem possíveis impressões de “controlar ações de Israel” no conflito, que se estende desde começo de outubro

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Debbi Hill – Pool/ Getty Images
Imagem colorida mostra Presidente dos EUA, Joe Biden, e primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Presidente dos EUA, Joe Biden, e primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu - Metrópoles - Foto: Debbi Hill – Pool/ Getty Images

Os Estados Unidos (EUA) e alguns países europeus desejam atrasar as incursões terrestres de Israel à Faixa de Gaza enquanto durarem as tratativas sobre os reféns, assim como a entrega da ajuda humanitária. Não houve, contudo, uma demanda oficial, apenas conselhos militares.

O governo de Joe Biden também teria a intenção de aumentar os preparativos para um possível envolvimento dos EUA no conflito do Oriente Médio, que envolve diversos grupos envolvidos com o Irã. As informações são do jornal New York Times, citando fontes estratégicas e militares.

A invasão por terra teria sido descartada, segundo fontes do jornal, e o principal motivo seria a negociação para libertação de reféns, feitas por meio do Catar. Cerca de 50 pessoas sequestradas com dupla-cidadania poderiam ser libertadas.

Os militares também teriam dito que os norte-americanos preferem o atraso nas incursões por terra para evitar a “impressão de que Washington estaria controlando as ações de Israel” – o que poderia envolver o país diretamente no conflito.

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O secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, inspeciona suprimentos de socorro dos Emirados Árabes Unidos no Aeroporto Internacional de El Arish, antes de sua visita à passagem de fronteira de Rafah, entre o Egito e a Faixa de Gaza
António Guterres, secretário-geral da ONU, fala durante uma conferência de imprensa em frente à passagem da fronteira de Rafah
Fumaça sobre a cidade de Gaza
Mesquita Al-Abba após bombardeio
Padaria Al Nuseirat após ser atingida por bomba
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Suprimentos de socorro enviados pelo governo paquistanês aos palestinos estão no Aeroporto Internacional de El Arish, prontos para serem enviados através da passagem de fronteira de Rafah, entre o Egito e a Faixa de Gaza

Photo by Gehad Hamdy/picture alliance via Getty Images
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O secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, inspeciona suprimentos de socorro dos Emirados Árabes Unidos no Aeroporto Internacional de El Arish, antes de sua visita à passagem de fronteira de Rafah, entre o Egito e a Faixa de Gaza

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António Guterres, secretário-geral da ONU, fala durante uma conferência de imprensa em frente à passagem da fronteira de Rafah

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Fumaça sobre a cidade de Gaza

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Mesquita Al-Abba após bombardeio

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Padaria Al Nuseirat após ser atingida por bomba

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Entrada do hospital Al-Ahli Arab após o ataque a bomba

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EUA e países europeus com o mesmo objetivo

Já o portal The Times of Israel confirmou na semana passada com um funcionário diplomático israelense que os norte-americanos e países europeus pressionavam o país a suspender a operação terrestre na esperança de negociar a libertação de mais reféns. Em princípio, o pedido não seria para abortar definitivamente a invasão, mas pelo menos esperar.

Isso porque Washington apoia totalmente o objetivo de Israel de destruir o Hamas.

O The Times of Israel entrevistou quatro fontes militares israelenses. Eles confirmaram que a invasão terrestre recebeu ordens de adiamento, mas não souber o porquê. Duas das fontes, no entanto, disseram que poderia ser, sim, por causa das negociações com reféns.

Em Washington, informações de bastidor dizem que o secretário de Defesa, Lloyd J. Austin, fala com o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, quase todos os dias. E que os pedidos para que a invasão fosse atrasada sempre é citade. Oficialmente, nenhum governo confirma tais conversas.

Entenda a situação

O conflito no Oriente Médio teve início em 7 de outubro, quando um grupo de 2,5 mil homens armados cruzou a fronteira da Faixa de Gaza com Israel e atentou contra diversos civis. Foram mais de 1,4 mil pessoas mortas, e 200 feitas de reféns. Desse número, duas mulheres norte-americanas foram liberadas na última sexta-feira (20/10), e uma refém descendente de brasileiros foi morta.

Mais de 200 mil israelenses foram deslocados de suas casas desde o início dos acontecimentos, principalmente devido aos ataques do grupo libanês Hezbollah, que se juntou ao conflito em apoio ao Hamas. Essa situação, inclusive, agravou uma tensão de um possível envolvimento de outros países, como o Irã, e a escalada para um conflito generalizado.

Os mais de 2 milhões de palestinos que vivem na Faixa de Gaza, nesse contexto, seguem entregues a uma guerra sem horizonte de fim. O número de palestinos mortos subiu para 4.741 no domingo (22/10), de acordo com informações do Ministério da Saúde de Gaza. Até o sábado (21/10), a quantidade de pessoas que perderam a vida era de 4.385. Durante a semana passada, metade dos óbitos na Faixa de Gaza eram de mulheres e crianças, e, agora, 70% delas são crianças e mulheres.

Com os dados de falecidos em Israel (1,4 mil), o total de mortos chega a pouco mais de 6 mil. Juntos, o número de feridos passa de 19,8 mil, mais de 15,8 mil sendo palestinos. A Agência da ONU ainda afirmou que ao menos 340 mil habitantes estão desabrigados na região em detrimento do conflito entre Israel e Hamas, e 2,4 milhões estão na situação de “deslocados”.

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