EUA: ataques antissemitas em Nova York atingem maior nível desde 1979
Judeus ortodoxos tornam-se alvos mais frequentes por utilizarem vestimentas características, de acordo com a Liga Antidifamação
atualizado
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De acordo com novo levantamento anual da Liga Antidifamação (ADL, na sigla em inglês), ataques antissemitas na cidade de Nova York (EUA) atingiram o maior nível desde o início do levantamento de dados, em 1979.
O aumento registrado foi de 24% em relação ao último ano. No estado norte-americano de Nova York, 416 incidentes tiveram a população judia como alvo, com 51 agressões inclusas.
“Tivemos judeus espancados e brutalizados em plena luz do dia em Midtown Manhattan, no Brooklyn, no Diamond District. Era notável nisso que as pessoas agiam com impunidade. Eram judeus usando kipa ou que eram visivelmente ortodoxos sendo agredidos por serem judeus, e isso é novidade”, explicou Jonathan Greenblatt, líder da ADL, ao New York Times.
Já nos Estados Unidos, foram registradas 2.717 incidentes, sendo 88 agressões. O aumento, em um recorte nacional, foi de 167% em relação ao ano anterior.
O levantamento utilizou registros policiais e líderes ou membros da comunidade judaica. O relato da ADL também inclui 182 notificações de vandalismo, 161 ocorrências envolvendo o uso de suásticas e 183 situações de assédio.
Greenblatt relembrou que o ódio direcionado já foi visto em movimentos semelhantes nos EUA contra latinos, devido à política de imigração, e mais recentemente contra asiáticos, por causa da pandemia da Covid-19.