metropoles.com

Biden libera armas dos EUA para o Batalhão Azov, acusado de neonazismo

Após anos de proibição, Biden suspendeu a restrição que impedia o envio e uso de armas dos EUA para grupos como o Batalhão Azov

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Divulgação/Batalhão Azov
Imagem colorida mostra membros do Batalhão Azov, da Ucrânia - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra membros do Batalhão Azov, da Ucrânia - Metrópoles - Foto: Divulgação/Batalhão Azov

O governo dos Estados Unidos decidiu liberar o envio e uso de armas norte-americanas para o controverso Batalhão Azov, aliado das forças armadas da Ucrânia e visto por parte da comunidade internacional como um grupo ligado ao neonazismo. A informação foi inicialmente revelada pelo The Washington Post, nessa segunda-feira (10/6), e confirmada pelo regimento ucraniano em um comunicado no Telegram.

A decisão acontece após a administração de Joe Biden revisar a aplicação da Lei Leahy, que impede os EUA de fornecer ajuda militar a tropas estrangeiras acusadas de violar os direitos humanos. Segundo Washington, após a verificação não foram encontradas evidências de que o grupo tenha cometido tais atos.

Com raízes ultranacionalistas, o Batalhão Azov ganhou notoriedade em meados de 2014, quando foi formado para lutar contra separatistas apoiados pela Rússia na guerra em Donbass. 

Após a batalha, o grupo foi incorporado pela Guarda Nacional da Ucrânia e ganhou status de um batalhão de forças especiais.

Em um comunicado divulgado no Telegram nesta terça-feira (11/6), o grupo agradeceu o esforço de Kiev e Washington para derrubar as restrições baseadas no que chamou de “propaganda russa” contra o batalhão.

“Receber armas ocidentais e treinamento dos EUA não só aumentará a capacidade de combate de ‘Azov’, mas, o mais importante, contribuirá para a preservação da vida e da saúde do pessoal da brigada”, declarou o grupo.

Apesar da alegação do governo dos EUA, diversas entidades e até mesmo a Organização das Nações Unidas (ONU) já documentaram supostas violações dos direitos humanos por parte do grupo, incluindo casos de tortura e estupro.

Rússia responde

Horas após a decisão, o Kremlin afirmou que a determinação do governo Biden mostra como os EUA está disposto a se “rebaixar” para atacar a Rússia, incluindo “flertar com neonazistas”.

“Uma mudança tão repentina nas posições de Washington mostra que eles não param diante de nada em suas tentativas de suprimir a Rússia, usando a Ucrânia e o povo ucraniano como ferramenta nas suas mãos”, afirmou o porta-voz Dmitry Peskov.

Além disso, Peskov afirmou que a ação dos EUA confirma a preocupação da Rússia “em relação à tendência de disseminação crescente de ideias neonazistas no mundo”, lembrando a justificativa de Vladimir Putin ao iniciar a invasão massiva na Ucrânia em 2022.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?