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EUA: após ser detida na fronteira, menina de 7 anos morre desidratada

Garota guatemalteca havia cruzado limite do país com o pai e grupo de imigrantes. Criança estava há dias sem beber água

atualizado

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EUA e México
1 de 1 EUA e México - Foto: Reprodução/Twitter

Uma menina guatemalteca de 7 anos, morreu nesta quinta-feira (14/12) por desidratação e exaustão, horas depois de atravessar com seu pai a fronteira dos Estados Unidos com o México e ser detida pela Patrulha da Fronteira norte-americana. As identidades da criança e de seu pai não foram reveladas.

Segundo comunicado da Patrulha da Fronteira, divulgado pelo jornal “The Washington Post”, a menina estava há “vários dias sem comer ou consumir água” no momento da sua detenção. As autoridades afirmam que a guatemalteca e o pai foram detidos na noite do último dia 6, ao sul de Lordsburg, no Novo México, após terem sido entregues a agentes com um grupo de 163 migrantes.

Por volta de 6h25 (hora local) do dia seguinte, aproximadamente oito horas depois da sua apreensão, a menina começou a ter convulsões. A garota foi então transferida com febre de 41 graus em helicóptero para um hospital em El Paso, no Texas, onde chegou com parada cardíaca. No hospital, os médicos conseguiram reanimá-la, mas horas depois ela morreu.

O pai espera por uma reunião com representantes do consulado da Guatemala, indicou o “post” após ouvir fontes do serviço de vigilância de fronteiras dos Estados Unidos (CBP), que investiga o caso e expressou pêsames pela morte da guatemalteca.

“Os guardas da fronteira fizeram todo o possível para salvar a menina”, afirmou o porta-voz do CBP, Andrew Meehan. “Como pais e mães, irmãos e irmãs, nos identificamos com o falecimento de qualquer criança”, disse.

Embora a autópsia ainda leve algumas semanas, os médicos do Hospital Providence, em El Paso, indicaram que a garota morreu de choque séptico, desidratação e febre. Não está claro se a menina recebeu alimentação ou atendimento médico ao longo da noite, antes de sofrer as convulsões.

Tolerância zero
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem feito da tolerância zero com a imigração ilegal um dos eixos da sua administração, o que provoca críticas e acusações de que demoniza os migrantes com o objetivo de obter frutos políticos.

Uma caravana de milhares de migrantes centro-americanos chamou a atenção. Eles chegaram a Tijuana, México, ao sul de San Diego, Califórnia, em um desafio a Trump, que denuncia uma “invasão”. Mas os migrantes, que fogem da pobreza e da violência, arriscam suas vidas em viagens perigosas pelo Novo México, Texas e Arizona, para chegar aos Estados Unidos.

Para conter os migrantes, Trump deseja construir um muro na fronteira com o México. Ele ordenou a mobilização de milhares de soldados e separou mais de 2 mil crianças migrantes de seus pais como parte da política de “tolerância zero” com a imigração ilegal. (Com agências internacionais).

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