EUA anunciam saída do Conselho de Direitos Humanos da ONU
Ativistas e diplomatas disseram que as conversas com o país sobre uma reforma do órgão não atenderam às exigências
atualizado
Compartilhar notícia
Os Estados Unidos (EUA) estão na metade de um mandato de três anos no principal organismo de direitos humanos da entidade e, há tempos, vinham ameaçado se desfiliar se esse não fosse reformado, acusando o conselho de 47 membros sediado em Genebra de ser anti-Israel.
Na semana passada, a Reuters noticiou que ativistas e diplomatas disseram que as conversas com os EUA sobre uma reforma do órgão não atenderam às exigências de Washington, dando a entender que o governo Trump abandonará o fórum.
Os EUA estão enfrentando fortes críticas por deterem crianças separadas de seus pais imigrantes na fronteira EUA-México. Na segunda-feira Zeid Ra’ad al-Hussein, o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, pediu que Washington suspenda sua política “impiedosa”.
O país boicotou o Conselho de Direitos Humanos da ONU durante três anos durante a gestão do presidente George W. Bush e voltou ao organismo em 2009, já no governo de Barack Obama.
Um ano atrás, Haley disse que Washington estava analisando sua filiação ao conselho e pediu uma reforma e a eliminação de um “viés anti-Israel crônico”. O conselho criado em 2006 tem como item permanente de sua agenda as supostas violações cometidas por Israel nos territórios palestinos ocupados, item que Washington quer ver removido.