EUA ameaçam impor sanções “mais fortes da história” contra Irã
O secretário de estado americano afirmou que manterá “pressão máxima” até que o país deixe de “apoiar o terrorismo”
atualizado
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O secretário de estado americano, Mike Pompeo, afirmou nesta segunda-feira (21/5) que os Estados Unidos manterão “pressão máxima” sobre o Irã, até o país mudar sua conduta e deixar de apoiar o terrorismo. Para a autoridade, qualquer acordo com o regime de Teerã precisa garantir que os iranianos nunca possam conseguir armas nucleares.
O presidente Donald Trump pretende impor “as mais fortes sanções da história” contra o Irã, afirmou Pompeo. Em discurso na entidade Heritage Foundation, o líder da maior nação do planeta declarou manter as sanções em vigor até ocorrer uma mudança de comportamento do país persa.
Para o secretário, o acrodo com o Irã é ruim, pois não há monitoramento adequado às atividades nucleares do país e ainda permite que ele siga enriquecendo urânio, fato passível de ser usado tanto para fins pacíficos quanto para construir armas.
Ele listou uma série de episódios de terrorismo nos quais o regime iraniano estaria envolvido, como em ataques de rebeldes iemenitas com mísseis contra civis na Arábia Saudita, no apoio ao grupo libanês Hezbollah e aos palestinos do Hamas e Jihad Islâmica, além do financiamento e da entrega de armas ao regime do Taleban, que comandou o Afeganistão.
Para Mike Pompeo, o Irã viu o acordo nuclear como uma espécie de aval para intervir no Oriente Médio. Ele também criticou o tratamento do regime à própria população, que sofre frente a um quadro econômico ruim, com alto desemprego. “A população iraniana terá de fazer uma escolha”, afirmou Pompeo. A situação econômica iraniana vai mal “graças a decisões ruins de seu governo” e “o povo iraniano quer apenas uma vida simples, com empregos”, comentou.
Pompeo disse ainda que o Irã precisa parar de apoiar grupos terroristas e retirar todas suas forças da Síria, além de parar de enriquecer urânio. Segundo ele, havia antes um consenso internacional sobre esses pontos, mas o acordo acabou permitindo avanço nesse setor.