EUA aliviam sanções contra a Síria após chegada de jihadistas ao poder
Governo dos EUA anunciou o alívio de sanções com o objetivo de ajudar na reconstrução da Síria após a queda de Assad
atualizado
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O governo dos Estados Unidos decidiu aliviar parte das sanções contra a Síria, menos de um mês após jihadistas derrubarem Bashar al-Assad do poder. A decisão foi divulgada pelo Departamento do Tesouro na última segunda-feira (6/1).
No comunicado divulgado pela pasta, o governo norte-americano argumentou que a decisão busca garantir que as penalidades contra o pais, impostas durante os anos de regime Assad, não impeça o desenvolvimento da Síria em sua nova fase.
“Esta ação ressalta o compromisso dos Estados Unidos em garantir que as sanções dos EUA não impeçam atividades para atender às necessidades humanas básicas, incluindo a prestação de serviços públicos ou assistência humanitária. Esta autorização é por seis meses, enquanto o governo dos EUA continua monitorando a evolução da situação no local”, disse um trecho do comunicado.
De acordo com o secretário adjunto do Tesouro, Wally Adeyemo, o governo dos EUA “continuará a apoiar a assistência humanitária e a governança responsável na Síria”.
A decisão vai facilitar o fornecimento de serviços básicos para a população síria, como eletricidade, água e saneamento. O Departamento do Tesouro, no entanto, afirmou que o afrouxamento das sanções não bloqueia penalidades impostas contra indivíduos, associados de Assad, ou do Hayat Tahir al-Sham (HTS).
O anúncio, feito nos últimos dias da administração de Joe Biden, é uma vitória para o líder da fato da Síria, Ahmed Al-Shara.
Com um passado ligado ao jihadismo, o comandante do HTS promete uma transição pacífica na Síria para um governo diferente dos anos de Assad. Apesar da desconfiança internacional quanto ao futuro do país, Al-Shara já recebeu sinalizações positivas de diversos países ao redor do mundo.
Antes de levantar parte das sanções contra a Síria, o governo dos EUA decidiu remover o nome de Al-Shara do programa de recompensa da Justiça do país, onde o líder do HTS era classificado como terrorista.