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EUA: acidente com trem gera nuvem de fumaça tóxica e causa pânico

Trem descarrilou em pequena cidade do estado de Ohio e autoridades optaram por queimar a carga tóxica, o que levou à evacuação da região

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Acidente de trem Ohio EUA fumaça tóxica - Metrópoles
1 de 1 Acidente de trem Ohio EUA fumaça tóxica - Metrópoles - Foto: Reprodução/Redes sociais

As consequências do descarrilamento de um trem que carregava vagões com produtos químicos perigosos estão causando uma crescente preocupação nos Estados Unidos, potencializada por postagens em tom alarmista nas redes sociais. O acidente aconteceu há uma semana, em 6 de fevereiro, numa pequena cidade chamada East Palestine, no estado de Ohio, quase divisa com a Pensilvânia, e a preocupação foi aumentando no rastro da divulgação de imagens dramáticas dos vagões em chamas, lançando na atmosfera uma intensa e tóxica fumaça escura.

Milhares de moradores da cidade chegaram a ser evacuados de suas casas devido ao perigo de intoxicação, mas já foram autorizados a voltar. Ainda assim, há residentes que resistem a voltar diante de notícias como o aparecimento de peixes mortos em cursos d’água da região, apesar de as autoridades norte-americanas garantirem que o perigo já passou.

O trem que descarrilou tinha 150 vagões, dos quais 10 estavam carregados com produtos químicos que vazaram. Em ao menos cinco desses vagões havia uma substância química chamada cloreto de vinila, que liberou gases extremamente tóxicos na região.

As autoridades designadas para controlar a situação optaram por incendiar a carga perigosa, gerando as imagens que estão causando pânico na internet.

Por causa dessas imagens e de casos de jornalistas que tentaram registrar o incidente terem sido presos, vários perfis em redes sociais começaram a comparar o evento com o desastre de Chernobil, em 1986, quando o reator de uma usina nuclear na União Soviética explodiu e as autoridades esconderam informações do público, com consequências catastróficas.

Veja uma das postagens, em inglês, exemplificando o alarmismo que impera nas redes sociais:

“Redução de danos”

O perfil de um químico brasileiro formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e que se dedica a divulgação científica nas redes explicou, em um fio no Twitter, que a opção das autoridades norte-americanas por incendiar os químicos tóxicos é uma escolha que indica uma tentativa de redução de danos.

De acordo com ele, com a queima, “os gases tóxicos gerados são muito reativos, se dissipam no ar e se transformam e substâncias menos tóxicas ao longo de pouco tempo”. “Já o cloreto de vinila, a substância original que era carregada nos tanques, é potencial causadora de câncer, extremamente tóxica para o fígado de animais, e um poderoso poluente que persiste no meio ambiente. Então, a queima, apesar de ruim, representou uma ‘redução de danos'”, escreveu Marco Aurélio.

Veja:

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