EUA: 1º manifestante a invadir Capitólio ficará 53 meses na prisão
Michael Sparks, primeiro manifestante a entrar no Capitólio dos EUA, em 6 de janeiro de 2021, foi condenado a mais de 4 anos de prisão
atualizado
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Michael Sparks, que promotores alegam ter sido o primeiro manifestante a entrar no Capitólio dos EUA, em 6 de janeiro de 2021, foi sentenciado a 53 meses de prisão, ou mais de quatro anos, na terça-feira (27/8). Ele havia sido condenado em março por um júri em Washington, por acusação de conduta desordeira.
Sparks fez parte da multidão que invadiu a ala do Senado do Capitólio, em 6 de janeiro, e foi o primeiro a entrar no prédio, através de uma janela quebrada por outro manifestante.
“Pode-se dizer que [Sparks] ajudou a acender o fogo naquele dia”, argumentaram os promotores, “usando sua preparação e planejamento — incluindo seu colete à prova de balas — para se proteger dos policiais que tentavam conter a multidão”.
Ainda de acordo com a acusação, ele “convocou uma guerra civil” por meio de postagens on-line e chegou a comprar um rifle nos dias anteriores ao tumulto.
Duas semanas antes do ato inconstitucional, Sparks escreveu, acima de uma imagem da então presidente da Câmara, Nancy Pelosi, e do então líder da minoria no Senado, Chuck Schumer: “Que tal nós, o povo, tirarmos vocês arrastando seus rostos no chão?” (em tradução livre).
Ataque ao capitólio
O ataque ao Capitólio dos Estados Unidos completou três anos em 2024. Em 6 de janeiro de 2021, apoiadores do ex-presidente dos EUA Donald Trump, inconformados com a vitória do democrata Joe Biden nas urnas, invadiram e depredaram o prédio que abriga o Congresso dos Estados Unidos (EUA).
Na ocasião, trumpistas ultrapassaram as barreiras de segurança e invadiram o interior do Capitólio. No local, ocorria sessão que confirmava a vitória de Biden nas eleições realizadas no ano anterior. Parlamentares que estavam no local precisaram ser retirados às pressas. Cinco pessoas morreram na ocasião.
Após três anos, mais de 1,2 mil réus foram acusados em quase todos os 50 estados norte-americanos. As acusações incluem crimes como destruição de propriedade, agressão a agentes da lei, ataques a membros da mídia e outras condutas ilegais.