Estudante ataca colegas com machado e fere seis na Rússia
Adolescente de 15 ou 16 anos atacou alunos de 12 e 13 anos e depois ateou fogo na escola em Ulan-Ude, perto da fronteira com a Mongólia
atualizado
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Um adolescente atacou com um machado e um coquetel Molotov sua escola na Sibéria, ferindo seis estudantes e se mutilando, de acordo com as autoridades, poucos dias depois de um incidente semelhante reabrir o debate sobre a segurança das escolas russas.
Sete pessoas foram hospitalizadas, incluindo o próprio agressor, que se mutilou antes de saltar pela janela. Duas pessoas estão em estado grave, de acordo com o vice-presidente do governo regional de Buryatia, Vyacheslav Tsibikjapov, citado pela agência de notícias russa Interfax.Em Ulan-Ude, em Buryatia, perto da fronteira com a Mongólia, um adolescente de 15 ou 16 anos “atacou alunos da 7ª série (12-13 anos) com um machado e depois ateou fogo na escola com uma garrafa cheia de líquido inflamável”, informou o comitê de investigação russo em um comunicado.
Em um vídeo transmitido pelo comitê de investigação, é possível ver a sala de aula parcialmente incendiada e livros e cadernos no chão.
Este é o segundo ataque sangrento esta semana em uma escola russa. Na segunda-feira, dois adolescentes atacaram uma escola em Perm, nos Urais. Eles feriram 13 pessoas, principalmente crianças, e depois se apunhalaram.
Este primeiro ataque reavivou o debate sobre a segurança escolar, uma questão sensível na Rússia desde a tomada de reféns por um comando pró-checheno em 2004 em um estabelecimento em Beslan, no Cáucaso, que terminou com 331 mortos, incluindo 186 crianças.
“Vamos discutir, veremos como o sistema de segurança falhou”, prometeu a vice-primeira-ministra Olga Golodets, acrescentando que criou um grupo de trabalho sobre esse tema.
Após o ataque em Buryatia, o vice-ministro das Telecomunicações Alexei Volin anunciou que as autoridades começariam a bloquear grupos nas redes sociais fazendo apologia à violência na escola.
A senadora Ekaterina Lakhova clamou, por sua vez, ao ministério da Educação “para verificar a forma como os psicólogos trabalham nas escolas”.
“Podemos colocar tantos guardas de segurança quanto possível nas escolas, aumentar o número de guardas e alarmes em caso de emergência, mas isso não vai mudar nada. Apenas um trabalho profundo nas escolas, com crianças e adolescentes difíceis, pode ajudar”, apontou.
Em setembro, um adolescente de 15 anos atacou seu professor em Moscou com um machado, ferindo ele e outros dois estudantes.