Estados Unidos vetam entrada da Palestina como membro pleno da ONU
Pedido foi feito em 2 de abril deste ano. Caso houvesse o aceite, nação poderia deliberar em sessões, mas vai continuar como observadora
atualizado
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Os Estados Unidos vetaram no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) um pedido para a Palestina se tornar membro pleno da instituição. A decisão foi tomada por meio de votação na sede da instituição em Nova York (EUA) na tarde desta quinta-feira (18/4). Apesar de 12 votos favoráveis ao pleito da Palestina – eram necessários nove – os EUA usaram o poder de veto e se manifestaram contrários. Houve uma abstenção.
A Palestina já integra a ONU, mas como Estado observador permanente. Esta condição dá à Palestina a possibilidade de participar de todas as organizações e procedimentos, exceto poder votar rascunhos de resoluções e decisões nos principais órgãos.
O pedido analisado foi encaminhado à ONU, endereçado ao secretário-geral da organização, Antônio Guterres, no último dia 2 de abril. Originalmente, a solicitação havia sido feita em 2011, na gestão de Ban Ki-Moon.
A admissão da Palestina como Estado observador não membro das Nações Unidas foi em 29 de novembro de 2012. À época, 138 integrantes foram favoráveis e nove contra.
A votação desta quinta ocorre paralelamente à ofensiva do Exército de Israel ao Hamas. O grupo terrorista realizou um ataque em 7 de dezembro de 2023, no qual houve assassinatos e sequestros.
A resposta bélica ao ataque do fim do ano passado resultou em mortes de integrantes do Hamas, mas também de civis. Além da destruição, mais de 30 mil civis perderam a vida, conforme o Ministério da Saúde do Hamas.
Para o aceite da Palestina como membro pleno da ONU seria necessário que a solicitação passasse pelo Conselho de Segurança, por meio de uma recomendação positiva. Para isto eram necessários nove votos favoráveis dos 15 integrantes. Em seguida, aprovação por ao menos dois terços na Assembleia-Geral.
Caso a Palestina fosse aceita, a ONU passaria a contar com 194 membros.