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“Espero que a perseguição contra Assange termine”, diz Lula

Julian Assange, jornalista fundador do WikiLeaks, poderá ter seu pedido de extradição aos EUA reavaliado na segunda-feira (20/5)

atualizado

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Julian Assange, fundador do WikiLeaks - Metrópoles
1 de 1 Julian Assange, fundador do WikiLeaks - Metrópoles - Foto: Jack Taylor/Getty Images

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou, neste domingo (19/5), a favor do jornalista australiano Julian Assange, fundador do WikiLeaks. Na Inglaterra, Assange terá pedido de extradição aos Estados Unidos (EUA) avaliado novamente na segunda (20).

“Julian Assange, o jornalista que deveria ter ganhado o Prêmio Pulitzer ao revelar segredos dos poderosos, ao invés disso está preso há 5 anos na Inglaterra, condenado ao silêncio de toda a imprensa que deveria estar defendendo a sua liberdade como parte da luta pela liberdade de expressão”, disse Lula pelo X (antigo Twitter).

“Espero que a perseguição contra Assange termine e ele volte a ter a liberdade que merece o mais rápido possível”, afirmou.

No fim de março, o Tribunal Superior de Justiça de Londres acatou, de forma parcial, um recurso do jornalista para adiar a extradição aos Estados Unidos. Se voltar ao solo norte-americano, Assange pode receber uma condenação de 175 anos de prisão por espionagem.

Com o WikiLeaks, o australiano divulgou mais de 250 mil mensagens diplomáticas e 500 mil documentos sob sigilo e com ligação às guerras no Afeganistão e Iraque.

A defesa de Assange sustenta que ele fez “uma prática jornalística comum, de obter e publicar informações confidenciais, informações verdadeiras e de interesse público evidente e importante”, enquanto a acusação critica o australiano por ter publicado nomes de pessoas que eram fontes de informação.

Prisão

Assange está desde 2019 em uma prisão de alta segurança em Londres e possui um estado de saúde fragilizado, segundo amigos e família.

Stella Assange, esposa do jornalista, apontou para uma piora na condição “física e mental” do marido: “A vida dele corre perigo a cada dia que permanece na prisão e, se for extraditado, ele vai morrer”.

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