metropoles.com

Espanha passará à União Europeia dados de quem não se vacinar

O ministro da Saúde, Salvador Illa, no entanto, garantiu que os dados não serão abertos ao público

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Pixabay
Vacina Covid-19 coronavírus
1 de 1 Vacina Covid-19 coronavírus - Foto: Pixabay

O governo da Espanha fará um cadastro de pessoas que se recusarem a ser vacinadas contra Covid-19 e o compartilhará com outros países da União Europeia. O ministro da Saúde, Salvador Illa, no entanto, em entrevista à TV La Sexta, garantiu que os dados não serão abertos ao público e insistiu que os espanhóis não serão obrigados a receber a imunização.

“Para os que optarem por não receber a vacina, o que será feito é um registro, que será compartilhado com outros parceiros europeus”, disse o ministro. “A lista incluirá aquelas pessoas a quem (a vacina) foi oferecida e simplesmente rejeitada. O documento não será tornado público e tudo será feito com o maior respeito pela proteção de dados.”

A Comissão Europeia não informou ainda se o registro espanhol seria uma iniciativa de toda UE nem esclareceu o papel de Bruxelas no compartilhamento de informações. A Espanha já atingiu cerca de 50 mil mortes devido à Covid-19 e mais de 1,8 milhão de infectados, desde o início da pandemia.

A campanha de imunização começou no domingo (27/12), com prioridade para moradores e funcionários de asilos. Durante o primeiro semestre de 2021, o governo espera imunizar entre 15 e 20 milhões de pessoas, de uma população de 47 milhões – 2,5 milhões antes de março. Autoridades sanitárias garantem que o país terá vacinado cerca de 70% de seus habitantes até junho.

O maior obstáculo ainda é a desconfiança da população. De acordo com pesquisa feita no início de dezembro, 28% dos espanhóis são contrários à vacinação imediata, 40,5% querem receber o imunizante agora e 16% pretendem se vacinar apenas se o país “oferecer garantias” e for “confiável”.

Apesar de preocupante, o percentual de aceitação aumentou significativamente em relação ao resultado da mesma pesquisa realizada em novembro, quando 47% dos entrevistados declararam que não quereriam se imunizar. “Todos nós entendemos que a maneira de derrotar o vírus é vacinar todos nós. Quanto mais, melhor”, afirmou Illa.

Nesta terça (29/12), a Espanha recebeu mais de 350 mil doses da vacina da Pfizer e da BioNTech. A remessa chegou um dia após um incidente logístico na fábrica da cidade de Puurs, na Bélgica, que impediu a entrega originalmente programada para a manhã de segunda-feira.

Os imunizantes chegaram em cinco voos e foram imediatamente distribuídas para vários pontos da Espanha. Com a colaboração do Exército, as doses foram enviadas para os dois arquipélagos (Canárias e Baleares) e aos enclaves africanos de Ceuta e Melilla. O programa de vacinação em massa na Europa começou no fim de semana, mas os governos europeus ainda buscam maneiras de garantir a imunização generalizada da população, sem aumentar o descontentamento entre o público, cansado da pandemia.

A França também anunciou que manterá um registro, mas apenas com a identidade das pessoas imunizadas e suas condições de saúde. Na Itália, os políticos estão preocupados com a resistência e discutem se as vacinas devem ser obrigatórias para funcionários públicos e profissionais de saúde. Pesquisas mostram que parte significativa da população tem medo de receber uma dose.

Como na maior parte da Europa, o discurso oficial da Itália é que a vacina é uma escolha pessoal. No entanto, se a adesão voluntária continuar baixa, o governo já informou que “adotará algumas medidas”, segundo declarou o vice-ministro da Saúde, Pierpaolo Sileri, em entrevista publicada ontem pelo jornal La Stampa.

No início de 2021, a Áustria lançará um certificado eletrônico de imunização no qual os pacientes e as autoridades podem manter os registros de imunização, segundo informou o ministro da Saúde, Rudolf Anschober. O governo austríaco pretende combater o ceticismo com uma campanha de informação. “Não vamos convencer os mais radicais, que não querem ser vacinados de jeito nenhum, mas muitos indecisos podem mudar a opinião”, comunicou Anschober.

Na Alemanha, as autoridades estão preocupadas com a tensão social e manifestaram-se contra o tratamento preferencial para os vacinados. Embora a discriminação seja proibida no setor público, existe uma área cinzenta no setor privado. “Haverá áreas nas quais o certificado de vacinação ou os resultados dos testes serão um pré-requisito”, disse o prefeito de Berlim, Michael Mueller. “Quanto mais pessoas imunizadas, maior alívio para todos.” (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?