Erdogan diz que golpe fracassou e que continua no comando da Turquia
Ministro turco para a União Europeia, Ömer Çelik afirmou que o governo reverteu o quadro gerado pela tentativa de golpe e que “90% da situação está sob controle”
atualizado
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O presidente turco Recep Tayyip Erdogan fez um pronunciamento no início da manhã deste sábado (16/7) no horário local (madrugada no Brasil) e disse que a tentativa de golpe militar não foi bem sucedida. Em Istambul, o presidente afirmou que está no comando do país, mas pediu à população que continue nas ruas. Um dos ministros do governo Erdogan diz que “90% da situação está controlada”.
Em meio ao caos instalado nas últimas horas na Turquia após a tentativa de golpe militar na noite de sexta (15), a imprensa turca diz que o presidente Erdogan falou a apoiadores no início deste sábado e reivindicou que a tentativa de golpe militar fracassou. Aos eleitores, o político afirmou que continua no poder.Apesar do discurso que reivindica a vitória sobre os rebeldes, Recep Tayyip Erdogan pediu à população que não deixe as ruas e praças até que a situação esteja resolvida. Na noite de sexta, o presidente fez um pronunciamento através do telefone celular convocando as pessoas contra o golpe. A ação levou milhares de pessoas às ruas durante a madrugada contra os militares rebeldes.
Enquanto convocava civis, o governo Erdogan colocou forças militares na rua para tentar impedir a ação rebelde. No início da manhã deste sábado, a televisão turca transmitiu ao vivo uma suposta rendição de um grupo de militares que interditou ontem, com a ajuda de tanques, uma das pontes que liga a área europeia à região asiática de Istambul sobre o Estreito de Bósforo. Esse foi o primeiro ponto ocupado pelos militares que apoiam o golpe na noite de sexta-feira.
Nesta manhã, o ministro turco para a União Europeia, Ömer Çelik, disse em entrevista ao vivo ao canal privado NTV que o governo Erdogan reverteu o quadro gerado pela tentativa de golpe e que “90% da situação está sob controle”. Ele reconheceu, porém, que alguns comandantes militares continuam reféns do grupo que apoiou o golpe.