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Equador: presos por morte de candidato são estrangeiros, diz governo

Fernando Villavicencio era candidato à Presidência do Equador e foi morto a tiros na capital do país, Quito

atualizado

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Felipe Stanley/Agencia Press South/Getty Images
imagem colorida mostra carro prata com bandeira do equador que leva o corpo do candidato à presidência Fernando Villavicencio do Equador - Metrópoles
1 de 1 imagem colorida mostra carro prata com bandeira do equador que leva o corpo do candidato à presidência Fernando Villavicencio do Equador - Metrópoles - Foto: Felipe Stanley/Agencia Press South/Getty Images

Os seis presos por suspeita de envolvimento no assassinato de Fernando Villavicencio no Equador são todos estrangeiros. O candidato à Presidência de centro-direita foi morto a tiros na capital Quito, na noite de quarta-feira (9/8).

A informação foi repassada pelo ministro do Interior equatoriano, Juan Zapata. “Em várias incursões no setor Conocoto e no sul da cidade [de Quito], foram detidos seis indivíduos: Andrés M., José N., Adey G., Camilo R., Jules C., Jhon R., todos estrangeiros”, informou.

Villavicencio fazia um comício político no Colégio Anderson, quando foi atingido pelos disparos.

Segundo pesquisa publicada pelo jornal El Universo, Fernando Villavicencio aparecia como 5º colocado na corrida pelo Palácio de Carondelet, sede do governo. O também jornalista investigativo era conhecido por apoiar as causas indígenas e trabalhistas.

Facção reivindicou crime

A autoria do assassinato do presidenciável equatoriano Fernando Villavicencio foi reivindicada pela facção Los Lobos, por meio de vídeo divulgado nas redes sociais, no qual também ameaçam outros políticos.

“Toda vez que políticos corruptos não cumprirem suas promessas quando receberem nosso dinheiro, que é de milhões de dólares, para financiar sua campanha, serão dispensados. Você também, Jan Topic, mantenha sua palavra. Se você não cumprir suas promessas, você será o próximo”, anunciou o grupo de homens nas imagens.

É a segunda maior organização criminosa do Equador, de acordo com o observatório InSight Crime, com cerca de 8 mil membros, e teve origem na facção Los Choneros.

O grupo Los Choneros dominava o crime no Equador até 2020, quando perdeu sua hegemonia por conta da morte de seu líder, Jorge Luis Zambrano, o Rasquiña. Nessa lacuna deixada, surgiu a facção Los Lobos.

O grupo, a partir de então, esteve envolvido com inúmeros massacres em presídios. O principal negócio é o tráfico internacional de drogas, especialmente a cocaína.

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