Entenda por que Ronaldinho Gaúcho foi convidado para a COP29
Conhecido por seus “rolês aleatórios”, ex-jogador Ronaldinho Gaúcho foi um dos convidados do Azerbaijão para a COP29
atualizado
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Em meio a delegações de 198 países que participam da COP29, o evento que discute políticas climáticas internacionais recebeu a visita de Ronaldinho Gaúcho, ídolo do Barcelona e pentacampeão mundial pela Seleção Brasileira. O ex-jogador desembarcou em Baku, capital do Azerbaijão e sede do evento, nessa quarta-feira (13/11).
O “bruxo”, que ficou conhecido por ser o rei de aparições aleatórias ao redor do mundo após abandonar os gramados, chegou à capital azeri como convidado do governo. Ao seu lado estava Adnan Ahmadzada, empresário e ex-vice-presidente da companhia estatal de petróleo do país, a SOCAR.
Além de visitar cavalos, em uma espécie de haras, e uma empresa de tapetes tradicionais do Azerbaijão, Ronaldinho posou para fotos com Rovshan Najaf, atual comandante da empresa de extração petrolífera do país.
Desde quando se aposentou do futebol, em 2018, o ex-camisa 10 do Barcelona tem sido presença constante em eventos realizados em nações petrolíferas, como Arábia Saudita, Catar, Dubai e Emirados Árabes Unidos.
Até o momento, não está claro qual o papel de Ronaldinho Gaúcho na COP29, que acontece até a próxima sexta-feira (22/11). Analistas ouvidos pelo Metrópoles, no entanto, apontam que a presença do ex-jogador na conferência climática da Organização das Nações Unidas (ONU) pode ser mais do que um outro rolê aleatório.
“Talvez [o papel] seja a utilização da imagem do Ronaldinho Gaúcho para passar uma boa imagem do país-sede do evento”, afirma Paulo Cesar Rebello, analista político e doutorando em ciência política pela Universidade de Salamanca.
De acordo com Rebello, “é recorrente a utilização de astros da música e do futebol para limpar a imagem de nações. E isso pode estar acontecendo no Azerbaijão, após uma guerra que foi criticada no cenário internacional, com o Ronaldinho Gaúcho”.
No início do ano, o Azerbaijão saiu de uma guerra de décadas com a Armênia, envolvendo a região separatista de Nagorno-Karabakh. A área está localizada em território azeri, mas sua população era composta majoritariamente por armênios que reivindicavam o controle do local há séculos.
Apesar da vitória na guerra do Cáucaso, o governo do Azerbaijão saiu do conflito manchado pela violência empregada na região, que obrigou a fuga de milhares de pessoas que moravam em Nagorno-Karabakh.