Entenda o que é o Hamas, grupo islâmico que atacou Israel
Criado em 1987, o Movimento de Resistência Islâmica, conhecido como Hamas, é uma organização política e religiosa com origem na Palestina
atualizado
Compartilhar notícia
Criado em 1987, o Movimento de Resistência Islâmica, conhecido como Hamas, é uma organização de ideologia religiosa islâmica com origem na região da Palestina. O grupo defende a criação de um estado muçulmano independente, por meio da luta armada, em todo área da Palestina histórica, o que engloba boa parte do território atual de Israel.
Além de manter um setor militar, o Hamas atua em setores da sociedade e política palestina. O Movimento de Resistência Islâmica ganhou notoriedade mundial em 2000, durante a segunda intifada, quando houve uma revolta civil dos palestinos contra a política administrativa e a ocupação israelense na região de Gaza.
Em 2006, o Hamas teve uma vitória significativa nas eleições parlamentares da Palestina, prometendo programas de assistência e bem-estar social ao povo do país. O movimento venceu o grupo rival Fatah, do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas. Desde então, o grupo se postou também como oposição política e militar ao Estado de Israel, contrariando a perspectiva anterior do Fatah.
Novo ataque do Hamas
Israel foi alvo de bombardeios e invasões terrestres na manhã deste sábado (7/10). Autoridades do país classificaram o ataque-surpresa como um dos maiores dos últimos anos. O grupo Hamas reivindicou a autoria. Com a ação, o estado israelense declarou guerra contra o movimento.
Após série de ataques e bombardeios do grupo Hamas a Israel, o confronto contabiliza, ao menos, 298 mortes. De acordo com informações de autoridades de saúde, compartilhada pela agência de notícias Al Jazeera, além das 100 mortes do lado israelense, há também 198 óbitos de palestinos em Gaza. Mais de 1,6 mil pessoas estão feridas.
Um comandante do movimento islâmico Hamas afirmou se tratar de o início de uma operação. “Este é o dia da maior batalha para acabar com a última ocupação”, afirmou Mohammad Deif.
Em pronunciamento à televisão estatal israelense, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ordenou a convocação de reservistas do exército. “Nós estamos em guerra. Vamos lutar com um poder que o inimigo ainda não conhece”, falou.