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Embaixadora dos EUA na ONU defende punições contra Rússia por ataques

Diplomata americana discursou no terceiro dia de sessão extraordinária da Assembleia Geral da ONU. Ucrânia vive o sétimo dia de bombardeios

atualizado

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Foto: Manuel Elias/ONU
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O embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU), Linda Thomas-Greenfield, defendeu a aprovação de punição contra a Rússia, que invadiu a Ucrânia e tem bombardeado o país.

Nesta quarta-feira (2/3), a diplomata americana discursou no terceiro dia de sessão extraordinária da Assembleia Geral da ONU. O encontro é uma tentativa de punir a Rússia pelo ataque iniciado em 24 de fevereiro. “Nosso envolvimento é de organizar negociações”, garantiu. A Ucrânia vive o sétimo dia de ataques.

A embaixadora dos Estados Unidos na ONU frisou uma convocação do tipo não ocorria há 40 anos. “Nosso trabalho hoje é parar a guerra. Condenar a guerra”, iniciou.

Ela defendeu veementemente a aprovação de penalidades e marcou a posição americana. “Os Estados Unidos escolhem ficar ao lado do povo Ucrânia. Escolhemos impor consequência severas à Rússia. Escolhemos responsabilizar a Rússia por suas ações”, frisou. Linda disse que a ONU precisa defender o “direito a soberania e territorial.”

A sessão emergencial foi aprovada pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). A movimentação político-diplomática é uma represália após uma resolução que exigia a retirada imediata das tropas russas do território ucraniano ser vetada por causa de somente um voto contra que veio justamente da Rússia.

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A população passou a usar estações de metrô para se proteger
Blindado militar russo se move ao longo da rua, em direção a Kherson, Ucrânia
Separatistas pró-Rússia ajudam nos ataques contra a Ucrânia
Militares russos na Crimeia
Cidadãos ucranianos fugiram da guerra por meio de trens
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Separatistas pró-russos, em uniformes sem insígnias, reúnem-se no assentamento controlado pelos separatistas de Mykolaivka (Nikolaevka) e Bugas, na região de Donetsk (DPR) da Ucrânia, em 1º de março de 2022

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A população passou a usar estações de metrô para se proteger

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Blindado militar russo se move ao longo da rua, em direção a Kherson, Ucrânia

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Separatistas pró-Rússia ajudam nos ataques contra a Ucrânia

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Militares russos na Crimeia

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Cidadãos ucranianos fugiram da guerra por meio de trens

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Após prédios destruídos em Kharkiv, russos dizem ter tomado Kherson

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O mundo acompanha, com atenção, os desdobramentos do conflito. O papa Francisco pede paz

Franco Origlia/Getty Images

A Assembleia Geral das Nações Unidas conta com 193 membros e não existe direito a veto.

A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Otan, entidade militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê a possível entrada do vizinho na organização como uma ameaça à sua segurança. Os laços entre Rússia, Belarus e Ucrânia existem desde antes da criação da União Soviética (1922-1991).

Convocação é rara

A Assembleia Geral é o principal órgão deliberativo, político e representativo das Nações Unidas. Tem como principal função discutir o direito internacional.  Reúne-se anualmente, entre setembro e dezembro, na sede das Nações Unidas em Nova Iorque.

É função do encontro tomar medidas em casos de ameaça ou violação da paz ou ato de agressão, na eventualidade do Conselho de Segurança ficar impedido de agir devido ao voto negativo de um membro permanente — foi o que aconteceu com o veto da Rússia. Nesses casos, a Assembleia pode analisar o assunto imediatamente e recomendar medidas coletivas para manter ou restaurar a paz e segurança internacionais.

Mapa regiões atacadas Ucrânia
Mapa ilustra os locais onde o país foi atacado

Punição vetada

Para aprovar a resolução eram necessários ao menos nove votos. O texto conseguiu o apoio de 11 nações — inclusive do Brasil. Contudo, a Rússia votou contra e vetou a medida. China, Emirados Árabes Unidos e Índia se abstiveram.

O Conselho de Segurança é composto por 15 nações, sendo cinco permanentes. Por ser membro permanente, a Rússia tem poder de veto. O país também exerce a presidência do órgão neste momento.

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