Embaixada pede que brasileiros se “mantenham em alerta” na Ucrânia
Biden e Putin conversaram, por telefone, quase uma hora. A Rússia tem intensificado atividades militares na região
atualizado
Compartilhar notícia
A embaixada do Brasil em Kiev, capital da Ucrânia, recomendou que os cidadãos brasileiros se mantenham em alerta devido a ameaça russa de uma possível invasão.
Em comunicado, a representação brasileira garantiu que acompanha a situação de perto. Contudo, não recomendaram a saída dos brasileiros do país.
“Os cidadãos brasileiros devem manter-se alertas e sempre atualizados”, disse. “Não há recomendação de segurança contrária à permanência na Ucrânia”, afirma o aviso.
Entenda o conflito que pode levar Rússia e Ucrânia a uma nova guerra
EUA, Reino Unido, Japão, Holanda, Coreia do Sul, Alemanha, Lituânia, Arábia Saudita e Israel pediram que seus cidadãos deixassem a Ucrânia.
Em nota, a embaixada brasileira em Kiev disse estar em próxima coordenação com as autoridades ucranianas e com a comunidade diplomática local, composta por 80 países. O órgão diplomático também pediu para que brasileiros que vivem ou que estejam na Ucrânia registrem-se junto à representação pra facilitar a comunicação.
Para barrar crise na Ucrânia, Biden ameaça Putin com “sanções severas”
Tensão
Na sexta-feira (11), a rede pública americana PBS News informou que Putin havia decidido pela invasão e já teria comunicado seu veredito às Forças Armadas.
Esse é o momento mais tenso da disputa entre os dois países. O imbróglio teve início com a exigência do governo russo de que o Ocidente não aceite a adesão da Ucrânia ao Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) – uma aliança de 30 países liderada pelos Estados Unidos.
Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança. Os laços entre Rússia, Belarus e Ucrânia existiam desde antes da criação da União Soviética (1922-1991).
A Otan alertou que a Europa enfrenta um “momento perigoso”, enquanto a Rússia inicia o segundo dia de grandes exercícios militares perto das fronteiras da Ucrânia.
Ligação
Na tentativa de evitar a invasão da Ucrânia, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ameaçou ao presidente russo, Vladmir Putin, com “sanções severas”.
Neste sábado (12/2), Biden e Putin conversaram por cerca de uma hora. O contato ocorreu por telefone. A Rússia tem intensificado atividades próximas à fronteira ucraniana.
“O presidente Biden conversou hoje com o presidente Vladimir Putin para deixar claro que se a Rússia invadir ainda mais a Ucrânia, os EUA e nossos aliados imporão custos rápidos e severos à Rússia”, informou a Casa Branca, em comunicado. Segundo o governo americano, Biden pediu a Putin para se engajar no arrefecimento da crise e na diplomacia.
Antes da ligação entre Biden e Putin, os chefes das diplomacias russa e americana, Sergei Lavrov e Antony Blinken, também conversaram.
Submarino
O governo russo afirmou que capturou um submarino nuclear americano perto da ilha Urup, arquipélago das Curilas. A informação foi confirmada neste sábado pelo Ministério da Defesa da Rússia.
Segundo o governo russo, a embarcação ignorou o aviso para deixar as águas territoriais do país.
“Às 10h40 [horário de Moscou, ou 02h40, no horário de Brasília], foi detectado um submarino de classe Virginia da Marinha dos EUA na área das manobras programadas da Frota do Pacífico, nas águas territoriais da Federação da Rússia, perto da ilha de Urup, no arquipélago das Curilas”, comunicou o governo russo.
Informações da Casa Branca indicam que o governo russo definiu que a invasão da Ucrânia ocorrerá na próxima quarta-feira (16/2). A notícia foi divulgada pelo jornal americano The New York Times neste sábado.