Petro ordena abertura de embaixada da Colômbia na Palestina
Petro ordenou a abertura de embaixada em Ramallah no mesmo dia em que Espanha, Irlanda e Noruega reconheceram a Palestina como Estado
atualizado
Compartilhar notícia
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, ordenou a abertura de uma embaixada do país na Palestina. A decisão foi anunciada pelo ministro das Relações Exteriores colombiano, Luis Gilberto Murillo, nesta quarta-feira (22/5).
Segundo o chanceler, a representação diplomática deve ser instalada na cidade de Ramallah, localizada na Cisjordânia ocupada. A decisão acontece após a Colômbia romper relações com Israel no início deste mês.
“O presidente Petro deu a ordem para abrirmos a embaixada da Colômbia em Ramallah”, disse o chanceler em conversa com a imprensa. “Esse é o próximo passo que vamos dar”.
Segundo Murillo, o governo da Colômbia espera que cada vez mais países reconheçam a Palestina como um Estado.
Esse é mais um avanço do governo colombiano contra as ações de Israel na Faixa de Gaza. No último dia 1º, Gustavo Petro afirmou que o rompimento diplomático da Colômbia com Israel estava acontecendo pelo governo israelense ter a sua frente um “genocida”, se referindo a Benjamin Netanyahu.
Além disso, o presidente da Colômbia ainda cobrou um posicionamento mais firme de outros governos em relação à guerra na Faixa de Gaza.
“Isso não pode acontecer. As épocas de genocídio de um povo diante de nossos olhos, com a nossa passividade. Se morre a Palestina, morre a humanidade, e não vamos deixá-la morrer”, declarou.
Reconhecimento da Palestina
A decisão do governo colombiano coincidiu com o dia em que o reconhecimento da Palestina como Estado pela comunidade internacional deu um passo significativo.
Na manhã desta quarta-feira (22/5), Espanha, Irlanda e Noruega anunciaram que, a partir de agora, passam a reconhecer formalmente a Palestina.
Além disso, o chefe da diplomacia da União Europeia anunciou que vai trabalhar “incansavelmente” para buscar uma solução comum sobre a questão entre os países que compõem o bloco “baseada numa solução de dois Estados”.
O movimento dos países europeus não foi visto com bons olhos pelo governo de Benjamin Netanyahu, que rapidamente agiu e chamou de volta seus embaixadores nos países. O primeiro-ministro de Israel ainda classificou a decisão de Espanha, Irlanda e Noruega como um “prêmio ao terrorismo”.