Em terceiro lockdown, Reino Unido tenta barrar nova cepa da Covid-19
O primeiro-ministro britânico Boris Johnson anunciou na segunda-feira (4/1) o inicio de um novo fechamento geral na nação
atualizado
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Por determinação do primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, a nação começa nesta terça-feira (5/1) um novo lockdown, a fim de tentar frear o avanço da nova variante do coronavírus, que tem causado um aumento significativo de casos na Inglaterra.
Johnson tomou a iniciativa no mesmo dia em que a vacina da AstraZeneca/Oxford contra o Covid-19 começou a ser aplicada.
Trazida da África do Sul, a nova variante do Covid-19 foi descoberta e anunciada pelo secretário de Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, no dia 23 de dezembro. O que se sabe é que é ainda mais transmissível do que a última detectada pelo país.
De acordo com o governo, o Reino Unido atingiu outro recorde diário de casos de Covid-19, com 58.784 novos infectados. É o sétimo dia consecutivo com mais de 50 mil casos em território britânico. Aproximadamente 27 mil pessoas estão internadas com a doença só na Inglaterra, número 40% maior do que o registrado no pico da pandemia em abril.
Restrições
Com o início do novo lockdown, só podem sair de casa os cidadãos que tiverem necessidades médicas, que precisarem comprar alimentos, praticar exercícios físicos obrigatórios e trabalhar presencialmente. Todas as atividades poderão ser realizadas apenas quando for indispensável.
Esportes só estão liberados a nível profissional, como as partidas de futebol da Premier League, o Campeonato Inglês. Prática ao ar livre está proibida.
Restaurantes, bares e cafés poderão funcionar apenas em regime de delivery, bem como a venda de bebidas alcóolicas. Creches continuam funcionando, mas escolas devem fechar imediatamente e migrar para o ensino remoto de forma integral até meados de fevereiro, pelo menos.
Até que os quatro grupos prioritários de imunização recebam a primeira dose da vacina as atividades estarão restritas. A prioridade são os cidadãos acima de 50 anos, funcionários de asilos, trabalhadores de serviços de saúde e pessoas entre 16 e 64 anos com comorbidades. A previsão é que o lockdown seja flexibilizado em meados de fevereiro.