Em surto de Covid, Chicago cancela aulas após protesto de professores
Os docentes foram contra decisão da prefeitura do distrito e consideraram que não é seguro retornar ao ensino presencial devido à Ômicron
atualizado
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Com a disparada nos casos de Covid-19, devido à nova variante Ômicron, professores das escolas públicas de Chicago, nos Estados Unidos, cancelaram as aulas nesta quarta-feira (5/1). O sindicato da categoria alega que o retorno não é seguro, pois a cidade mais populosa do estado de Illinois atingiu sua taxa mais alta de contaminação desde o início da pandemia.
Segundo informações do jornal The New York Times, membros do sindicato dos professores criticaram a resposta do distrito à variante Ômicron. A entidade considera que as condições nas salas de aula são inseguras. O Chicago Teachers Union realizou votação na qual 73% de seus membros votaram a favor das pausas.
A prefeita de Chicago, Lori Lightfoot, declarou publicamente que voltar ao ensino on-line é “inaceitável” e “desnecessário” neste momento. Mesmo assim, a administração precisou cancelar as aulas devido ao movimento dos professores.
“Ninguém se inscreve para estudar em casa no último minuto”, disse Lightfoot em entrevista ao The New York Times. “Não podemos esquecer o quão perturbador é esse processo remoto para os pais que precisam trabalhar, que não podem se dar ao luxo de ficar em casa”, disse.
A gestora, do Partido Democrata, pediu aos professores que se apresentassem ao trabalho e sugeriu que eles estavam considerando uma paralisação ilegal das funções.
Disparada
Os casos de coronavírus dispararam em Chicago, atingindo sua taxa mais alta desde o início da pandemia. Mas, como no resto do país, os adultos vacinados tiveram taxas baixas de hospitalização e morte, enquanto crianças de todas as idades – independentemente do estado de vacinação –, em sua ampla maioria, não chegaram ao estágio grave da doença.
Hoje, mais de 90% dos funcionários das escolas públicas de Chicago estão totalmente vacinados. Mesmo assim, o Chicago Teachers Union afirmou que a pausa pode chegar a duas semanas para que adequações sejam feitas antes do retorno presencial.