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Em NY, Lula critica “estrutura arcaica” da ONU e pede reforma

Presidente Lula pediu maior inclusão de países da América Latina e da África, com foco na resolução de conflitos globais

atualizado

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Imagem colorida do presidente Lula em discurso na ONU com acessório de ouvido para tradução - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida do presidente Lula em discurso na ONU com acessório de ouvido para tradução - Metrópoles - Foto: Reprodução

Nova York – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, nesta quarta-feira (25/9), a “estrutura arcaica e excludente” da Organização das Nações Unidas (ONU), em evento do G20, no prédio das Nações Unidas em Nova York, nos Estados Unidos (EUA).

“Criticar sem agir é exercício estéril que termina em desalento, mas admitir fissuras é o primeiro passo para construir algo melhor. Cada dia que passa com uma estrutura arcaica e excludente é um dia perdido para solucionar as graves crises que assolam a humanidade”, destacou o petista.

O chefe do Executivo brasileiro acrescentou que a ONU passa por uma “crise de confiança” e ressaltou a inclusão de mais países da América Latina e África em assentos permanentes nos comitês das Nações Unidas.

“Por isso, o Brasil considera apresentar proposta de convocação de uma revisão da carta da ONU com base no seu artigo 109. Cada país pode ter sua visão quanto ao modelo de reforma da governança global, mas precisamos todos concordar que a reforma é fundamental e urgente”, frisou.

“Essa lógica excludente se reproduz em várias instâncias. Nos fundos verdes, países florestais e megadiversos são obrigados a dividir assentos enquanto os países ricos ocupam cadeiras exclusivas”, apontou Lula.

O mandatário do Brasil pediu “coragem” para “romper o ciclo vicioso” dessa lógica. “A comunidade internacional está correndo em círculos, trocamos o multilateralismo por arranjos unilaterais ou excludentes. Para romper esse ciclo vicioso, precisamos de coragem para mudar e empenho para superar as diferenças”, assinalou.

“Nossa capacidade de resposta é prejudicada pela falta de representatividade que afeta as organizações internacionais. Se os países ricos querem apoio do mundo em desenvolvimento, o sul global precisa estar plenamente representado nos principais fóruns de decisão”, completou.

O Brasil ocupa a Presidência do G20 até 30 de novembro de 2024.

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