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Em meio ao inverno, bebês morrem devido ao clima extremo em Gaza

Zona de conflito tem 7,7 mil recém-nascidos sem receber cuidados essenciais; OMS solicita que Israel liberte diretor do Hospital Kamal Adwan

atualizado

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Unfpa/Elke Mayrhofer
Imagem colorida, uma mulher deitada ao lado de um bebê - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida, uma mulher deitada ao lado de um bebê - Metrópoles - Foto: Unfpa/Elke Mayrhofer

Pelo menos sete bebês morreram devido ao clima frio e à falta de abrigo na Faixa de Gaza. Uma atualização da Agência da Organização das Nações Unidas (ONU) de Assistência aos Refugiados Palestinos, Unrwa, revela haver 7,7 mil recém-nascidos sem cuidados essenciais.

A agência diz que, apesar de imensos desafios, enviou na semana passada uma equipe para⁠ ⁠instalar janelas em alguns dos locais de acolhida que estavam danificados.

Falta de água e comida

Em meio ao inverno, muitos palestinos deslocados moram em tendas feitas de pano e nylon, enfrentando questões como falta de artigos essenciais, incluindo água e comida. Há ainda uma grave escassez de roupas, cobertores e aquecimento.

Na semana passada, muitas tendas foram submersas e arrastadas pelos ventos, que deixaram muitas pessoas expostas e agravaram ainda mais o risco enfrentado por crianças.

A mais recente atualização da Unrwa destaca a ação no terreno, que recolheu 2,4 mil toneladas de resíduos e ⁠forneceu 45 mil metros cúbicos de água potável para uso doméstico.

A Urwa declarou que sua atuação só poderia ser substituída no futuro por meio de um “Estado palestino funcional”, que seja estabelecido com vontade política e diplomacia e aborde a situação dos refugiados.

Imagem colorida, mulher segurando um bebê no colo, acompanhada de duas crianças - Metrópoles
Muitos palestinos deslocados moram em tendas feitas de pano e nylon

Apoio essencial desde o início do conflito

A agência diz ser este o momento de “mudar o passo”, definir as prioridades e trabalhar pela paz na área, onde prestou apoio a 2 milhões de pessoas desde o início do conflito.

Mais de 6,7 milhões de consultas médicas, ou acima de 1,6 mil por dia, foram realizadas, com destaque para 730 mil atendimentos na área de saúde mental e apoio psicossocial.

Outras medidas incluem a vacinação de 560 mil menores de 10 anos contra a poliomielite, quase 2 milhões de pessoas que receberam assistência alimentar e milhares de deslocados vivendo em abrigos da agência.

A Unrwa indica ainda a prioridade de ajudar o retorno de crianças a um ambiente de aprendizagem. No verão, o tipo de atividade alcançou 18 mil alunos. Antes da guerra, a Unrwa garantiu a educação de mais de 300 mil menores.

Na Cisjordânia, até meio milhão de meninas foram matriculadas em escolas. Cuidados de saúde primários no terreno alcançaram meio milhão de refugiados palestinos, num trabalho que a agência tem sido a única da ONU a providenciar.

Última grande unidade de saúde

No entanto, na sequência do ataque das forças israelenses que na semana passada desativou as operações do Hospital Kamal Adwan, a última unidade de referência do norte de Gaza, a Organização Mundial da Saúde, OMS, voltou a pedir que Israel liberte o diretor Hussam Abu Safiya.

Nesta segunda-feira, a agência ressalta que 50 ataques foram verificados na unidade de saúde ou perto dessas instalações desde outubro de 2024.

Na vertente alimentar, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO, relata que a pesca diária caiu para 7,3% dos níveis de 2022 devido à guerra na Faixa de Gaza.

Leia outras reportagens como esta em ONU News, parceiro do Metrópoles.

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