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Em manhã tensa na fronteira, Maduro e Guaidó convocam manifestações

O presidente venezuelano decidiu fechar as fronteiras com o Brasil e a Colômbia. O líder da oposição vai receber ajuda humanitária

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UAN CARLOS HERNANDEZ/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Marcha contra o presidente Nicolas Maduro em Caracas
1 de 1 Marcha contra o presidente Nicolas Maduro em Caracas - Foto: UAN CARLOS HERNANDEZ/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O autodeclarado presidente em exercício da Venezuela Juan Guaidó publicou mensagem no Twitter, neste sábado (23/2), convocando a população para uma mobilização em massa pelas ruas do país. Ele pede que os venezuelanos pressionem as Forças Armadas [FANB] a deixar que caminhões com doações de cunho humanitário entrem no país. Está prevista para este sábado a entrega de alimentos e medicamentos para a população da Venezuela pelas fronteiras do Brasil e da Colômbia.

“Vamos em paz, sem violência e com determinação de mudanças para exigir que a ajuda humanitária entre”, publicou Guaidó, orientando os manifestantes a vestirem branco e entregarem mensagens a militares em quartéis para apoiarem a entrada da ajuda no país.

Tensão nas fronteiras
As fronteiras do país com Brasil e Colômbia foram fechadas por ordem do presidente Nicolás Maduro. Os apoiadores do presidente chavista também prometem uma “mobilização revolucionária” neste sábado em Caracas, capital da Venezuela, “em rejeição a práticas intervencionistas do governo dos Estados Unidos”, que como o Brasil apoiam Juan Guaidó. Maduro deixou em alerta as Forças Armadas Nacionais Bolivarinas.

Na manhã deste sábado, também pelas redes sociais, a vice-presidente do governo de Maduro comunicou a ordem de fechamento de três pontes que ligam a Venezuela à Colômbia.

O deputado Assembleia Nacional Venezuelana Miguel Pizarro, presidente da comissão especial para a ajuda humanitária, orienta que os manifestantes digam aos militares que o propósito de ajuda é humanitário: “não é para confrontar as Forças Armadas” e que a entrada dos mantimentos “não é uma derrota aos militares, porque eles sofrem o mesmo que nós”.

Ontem, o dia começou tenso e com confrontos entre militares e manifestantes na fronteira do Brasil com a Venezuela. De acordo com parlamentares, duas pessoas morreram e 15 ficaram feridas. Pelo menos sete venezuelanos baleados foram conduzidos para hospitais em Boa Vista, Roraima. As vítimas são indígenas, segundo parlamentares e organizações não governamentais.

Ambulância que transportava pessoas feridas durante confrontos no sul da cidade venezuelana de Kumarakapay, perto da fronteira com o Brasil, é assistida por pessoas na fronteira entre a Venezuela e o Brasil, em Pacaraima.

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