metropoles.com

Blinken pede cessar-fogo a Israel, que mantém ataques; Hezbollah reage

O chefe da diplomacia americana disse que a morte de Yahya Sinwar, líder do Hamas, deve ser vista como uma oportunidade para um cessar-fogo

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Ron Przysucha/State Department
Imagem colorida de Antony Blinken - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de Antony Blinken - Metrópoles - Foto: Ron Przysucha/State Department

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, esteve nessa terça-feira (22/10) em Israel, em uma nova tentativa de conter a escalada militar na região. O chefe da diplomacia americana disse que a morte de Yahya Sinwar, líder do Hamas, deve ser vista como uma oportunidade para um cessar-fogo. Apesar dos pedidos, novos bombardeios visando o Hezbollah, aliado do movimento radical islâmico, foram registrados no Líbano. O grupo libaês, por sua vez, atacou uma base de inteligência militar israelense perto de Tel Aviv.

Blinken, que está fazendo sua 11ª visita ao Oriente Médio desde o início da guerra em Gaza, “enfatizou a necessidade de capitalizar” a morte de Yahya Sinwar, “assegurando a libertação de todos os reféns e encerrando o conflito em Gaza”, de acordo com o Departamento de Estado norte-americano.

Em resposta, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, garantiu a seu interlocutor que a morte de Sinwar “poderia ter um efeito positivo no retorno dos reféns” mantidos em Gaza.

Sinwar, considerado o mentor do ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, que deu início à guerra, foi morto em 16 de outubro por soldados israelenses. Sua morte foi um duro golpe para o Hamas, que Israel prometeu destruir.

Blinken também tenta impedir uma escalada militar entre Israel e o Irã, que apoia o Hamas e o Hezbollah, após o ataque de mísseis iranianos a Israel em 1º de outubro. De acordo com o gabinete de Netanyahu, os dois líderes discutiram na terça-feira a “necessidade” de seus dois países “unirem forças” contra “a ameaça iraniana”.

Tipo de governo

A reunião, ainda segundo fontes israelenses, também se concentrou no “tipo de governo” que poderia ser estabelecido após a guerra em Gaza, onde o Hamas assumiu o poder em 2007.

Após sua passagem por Israel, Antony Blinken viaja para a Arábia Saudita nesta quarta-feira (23/10). Segundo fontes norte-americanas, o objetivo é discutir as relações entre Riad e Israel, outro ponto sensível na região.

As discussões diplomáticas, no entanto, não surtiram nenhum efeito imediato. Nesta terça-feira, enquanto Blinken e Netanyahu discutiam, o Exército israelense anunciou que atacou várias instalações militares do Hezbollah, incluindo uma importante base naval em Beirute, ao mesmo tempo que o movimento islamista reivindicou o lançamento de foguetes contra o território de Israel e um ataque contra um tanque israelense no sul do Líbano.

Analistas não acreditam em mudanças na estratégia israelense até a definição da eleição de 5 de novembro nos Estados Unidos. Netanyahu já demonstrou em várias ocasiões que não tem interesse num acordo de paz com os palestinos.

Especialistas no Oriente Médio ressaltam ainda que a tensão criada com o Irã serve de pretexto para desviar a atenção da questão palestina e manter Israel em estado de guerra permanente, para evitar que Netanyahu venha a ser condenado pela Justiça israelense em dezembro.

Hezbollah ataca

O Hezbollah libanês afirmou ter disparado uma salva de foguetes nesta quarta em direção a uma base de inteligência militar israelense perto de Tel Aviv, “em resposta aos massacres do inimigo”.

Essa base de Glilot já foi alvo várias vezes pelo Hezbollah. A aviação israelense, por sua vez, realizou uma série de ataques noturnos no sul de Beirute, bastião da formação pró-iraniana.

O exército israelense realizou várias incursões e prisões na Cisjordânia ocupada nas últimas horas, segundo relatou a emissora de TV Al Jazeera. Três palestinos foram presos na cidade de Qalqilya. A cidade de Halhul, ao norte de Hebron, foi invadida.

Um homem foi preso na aldeia de al-Issawiya, a leste de Jerusalém ocupada. As cidades de el-Bireh e Jericó também foram invadidas. As forças israelenses tomaram o leste de Nablus e se posicionaram ao redor do local sagrado do Túmulo de José, enquanto a chegada de colonos israelenses nessa localidade havia sido anunciada.

O exército israelense ordenou na quarta-feira a saída dos moradores de alguns bairros de Tiro, no sul do Líbano, antes de uma operação militar contra o Hezbollah. O exército pede que eles se desloquem para o norte do país.

“Vocês devem se afastar imediatamente da área”, anunciou em árabe no X o porta-voz do exército israelense, Avichay Adraee, em uma mensagem acompanhada de um mapa de parte da cidade. “Qualquer pessoa que estiver perto de membros do Hezbollah, de suas instalações e meios de combate está colocando sua vida em perigo”, acrescentou ele.

 

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?