Em discurso da ONU, Trump ataca a China e culpa país pela pandemia
Usando o termo “vírus Chinês”, o republicano começou falando da doença, que já fez mais de 965 mil vítimas no mundo
atualizado
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Seguindo a tradição, o presidente dos EUA, Donald Trump, foi o segundo líder a discursar na sessão de Debates Gerais da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira (22/9), logo depois da fala de Jair Bolsonaro (sem partido).
Usando o termo “vírus Chinês”, o republicano começou o discurso culpando o país asiático pelo avanço do coronavírus e disse que medidas não foram tomadas para impedir a propagação da doença. “Nos primeiros dias do vírus, a China fechou-se para viagens domésticas, mas permitiu que as pessoas saíssem da China e infectassem o mundo”, disse.
Em tom de campanha, Trump aproveitou para exaltar os militares dos EUA e relembrou acordos com outras nações, como Israel e os Emirados Árabes. Além disso, citou as mortes de Al-Baghdadi, do Estado Islâmico, e de Qassem Soleimani, do Irã, como grandes vitórias do seu governo. A menos de 50 dias da eleição presidencial, também fez promessas, como tirar as tropas americanas do Afeganistão e resolver de vez a situação da região.
O presidente americano não poupou críticas a própria ONU. Na avaliação dele, as prioridades da organização deveriam mudar. “Se quiser ser uma organização eficiente, precisa focar nos problemas reais do mundo. Isso inclui terrorismo, a opressão de mulheres, trabalho forçado, tráfico de drogas e de pessoas, perseguição religiosa e limpeza étnica de minorias.”
Por fim, Trump mandou um recado para os outros chefes de Estado. “Eu coloquei os EUA em em primeiro lugar, assim como vocês deveriam colocar seus países em primeiro lugar”, falou, ao encerrar o discurso.
Pandemia
Por conta da pandemia, a sessão não foi presencial. Os líderes enviaram vídeos para serem exibidos no prédio da ONU, em Nova York, e transmitidos pela internet.