Em dia de eleições, lojistas nos EUA contratam seguranças e fecham janelas
Comerciantes temem onda de violência após a votação. Vitrines das lojas estão protegidas por tábuas de madeira
atualizado
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Comerciantes norte-americanos se preparam para uma uma possível noite de protestos, após o resultado das eleições presidenciais dos Estados Unidos, neste terça-feira (3/11). E resolveram investir dinheiro em proteção para as lojas.
Há registros de brigas recentes ocasionadas por apoiadores do presidente Donald Trump (Republicanos). Por outro lado, o democrata Joe Biden, ex-vice-presidente dos EUA, aparece como favorito nas pesquisas de intenção de voto.
Em Washington, Manhattan e Chicago, por exemplo, os lojistas instalaram, ao longo dos últimos dias, tábuas em frente às vitrines de vidro para evitar a quebradeira. Veja estas imagens publicadas em uma rede social:
Every single store in Manhattan is boarded. Armed guards are brought in. And it's unlikely to protect from Trump supporters. There are almost no Trump voters on the entire island. Are they expecting Trump to win? I see no other explanation. pic.twitter.com/STv3knurTH
— Florian Seroussi (@florianseroussi) November 1, 2020
Manhattan getting ready for a war #Election2020 pic.twitter.com/ofcivqXvZR
— Florian Seroussi (@florianseroussi) November 2, 2020
De acordo com o jornal The Washington Post, os varejistas estão gastando milhões para proteger as lojas. Alguns deles, inclusive, resolveram não abrir o comércio nesta terça-feira – e outros anunciaram fechar as portas mais cedo.
“A segurança de nossos clientes, associados e comunidades, bem como a proteção de nossos ativos físicos, é de extrema importância”, disse Nicole Schoenberg, porta-voz da Saks Fifth Avenue, que contratou seguranças extras.
Não há alívio no passado recente dos lojistas norte-americanos. Além da pandemia do novo coronavírus, que já matou mais de 231,4 mil pessoas nos EUA e provocou o fechamento de milhares de lojas, protestos deixaram marcas.
Dados estimados pelo Insurance Information Institute (III) apontam que, neste ano, os lojistas perderam quase US$ 1 bilhão (R$ 5,6 bilhões) por causa de protestos, o que faz de 2020 o “segundo ano de distúrbio civil mais caro da história”.
Em 26 de maio de 2020, após a morte de George Floyd por um policial branco em Minneapolis, Minnesota, protestos e tumultos estouraram na cidade e se espalharam, segundo o III, nas semanas seguintes para outras 140 municípios.