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Em decreto, Putin pede a adoção de sanções contra a Turquia

Presidente russo publicou decreto que inclui banimento de bens e proíbe extensão de contrato de trabalho de turcos que moram no país

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Após um avião russo ter sido derrubado pelas forças turcas, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, pediu neste sábado (28/11) a adoção de sanções contra a Turquia. O pedido foi publicado em forma de decreto no site do governo russo, horas depois de o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, ter expressado pesar sobre o incidente, se dizendo “verdadeiramente entristecido”.

O decreto inclui o banimento de alguns bens e proíbe a extensão de contratos de trabalhos de turcos que trabalham na Rússia. O documento não especifica que mercadorias devem ser banidas, mas também pede o fim de voos fretados da Rússia para a Turquia e para que as empresas russas de turismo russo parem de vender pacotes de viagens que incluam uma estadia na Turquia.

Putin denunciou a ação turca como uma “punhalada traiçoeira nas costas”, e tem insistido em que o avião foi abatido sobre o território sírio, o que configuraria uma violação do direito internacional. Ele também se recusou a atender telefonemas de Erdogan. O assessor de Relações Exteriores de Putin, Yuri Ushakov, disse ontem que o Kremlin havia recebido o pedido de Erdogan para uma reunião, mas não quis dizer se tal reunião é possível.

O lamento do presidente turco, manifestado nesta manhã, foi a primeira expressão de pesar de Erdogan desde o incidente de terça-feira, quanto um jato F-16 da Rússia foi abatido pela Turquia, com a alegação de que a aeronave invadiu o espaço aéreo turco, depois de ser advertido diversas vezes para mudar sua rota. Foi também a primeira vez em meio século que um membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) derrubou um avião russo e provocou uma resposta dura de Moscou.

Ele renovou o apelo para realizar uma reunião paralela com o presidente Vladimir Putin durante a COP 21, conferência da Organização das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, que acontece a partir de segunda-feira (30) em Paris. O presidente turco acredita que seria uma oportunidade para superar as tensões.

O discurso amigável de Erdogan revela uma mudança de postura, depois que ele defendeu a ação do exército turco e criticou a Rússia por suas operações na Síria. “Se permitíssemos que nossos direitos soberanos fossem violados, então o território deixaria de ser nosso território”, disse Erdogan após o incidente.

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