Em calamidade após explosão, Beirute tem mais de 130 mortos e 5 mil feridos
As informações foram repassadas pela agência estatal de notícias do Líbano (NNA), com informações do Ministério da Saúde do país
atualizado
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O governo libanês decretou calamidade pública na capital, Beirute, após a explosão de um armazém de nitrato de amônio. A tragédia no Líbano já tem 135 mortos e mais de 5 mil feridos. Pelo menos 100 pessoas continuam desaparecidas.
As informações foram confirmadas pela agência estatal de notícias do Líbano (NNA), com informações do Ministério da Saúde do país.
O Palácio do Itamaraty confirmou que uma brasileira – esposa de um diplomata – ficou ferida por estilhaços de vidro na rua. Ela passa bem.
O Conselho Superior de Defesa do Líbano recomendou a declaração de estado de calamidade para a cidade de Beirute. A medida foi oficializada na tarde desta quarta-feira (5/8).
As causas da tragédia são investigadas. Não se sabe, por exemplo, se ocorreu um acidente no local. O galpão que centraliza as suspeitas da explosão funcionava desde 2014.
De acordo com a imprensa local, o governo do Líbano sabia do armazenamento do nitrato de amônio, um tipo de fertilizante, mas pouco fez para descartá-lo.
O porto de Beirute fica ao lado do centro da cidade, que foi reconstruído após a guerra civil. A região tem hotéis, prédios residenciais e fica perto de bairros tradicionais, além de contar com uma importante estrada que liga a capital ao norte do país.
A tragédia causou destruição em larga escala e atingiu prédios e cidades a quilômetros de distância. A preocupação é que a situação acentue ainda mais a crise econômica vivida na região.
Segundo a Associated Press, ainda há fumaça saindo do local da explosão. O governador de Beirute estima que mais de 300 mil pessoas estejam desabrigadas.