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Eliminar o Hamas “não vai acontecer”, diz primeiro-ministro palestino

Mohammad Shtayyeh afirmou que o Hamas não é apenas um grupo, mas “uma ideia”. Egito diz que não vai aceitar saída de palestinos de Gaza

atualizado

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Imagem colorida mostra Milicianos mascarados do Hamas carregam suas armas durante o funeral de quatro jovens mortos pelo exército israelense em um ataque à cidade de Tulkarm - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Milicianos mascarados do Hamas carregam suas armas durante o funeral de quatro jovens mortos pelo exército israelense em um ataque à cidade de Tulkarm - Metrópoles - Foto: srael Fuguemann/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

Em uma conferência de ajuda à Faixa de Gaza que acontece em Paris, nesta quinta-feira (9/11), o primeiro-ministro palestino, Mohammad Shtayyeh, afirmou que o objetivo de Israel de eliminar o grupo extremista Hamas “não vai acontecer”. Isso porque, segundo ele, a organização é mais do que uma força militar, é “também uma ideia”.

Shtayyeh não poupou críticas a Israel, afirmando que o país viola leis internacionais de direitos humanos e comete crimes de guerra. Também disse que o governo de Benjamin Netanyahu decidiu assumir um conflito “contra todos os palestinos”.

“Os israelenses não desejam cessar-fogo porque, atualmente, eles estão em clima de vingança”, discursou o primeiro-ministro. Segundo Shtayyeh, somente uma “intervenção internacional” poderia exercer pressão suficiente em Israel para que a guerra acabasse.

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Milicianos mascarados do Hamas carregam suas armas durante o funeral de quatro jovens mortos pelo exército israelense em um ataque à cidade de Tulkarm
Bandeira do Hamas
O comandante do grupo Hamas, Ayman Nofal
Militares de Israel descobrem túneis onde supostamente se escondem integrantes do Hamas
Um soldado israelense exibe equipamento militar e munições que militantes do Hamas e palestinos usaram no momento do ataque na fronteira sul de Israel com a Faixa de Gaza em 20 de outubro de 2023
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O primeiro-ministro palestino, Mohammed Shtayyeh, acena ao chegar para uma conferência humanitária internacional para a população civil de Gaza, como parte do Fórum de Paz de Paris de 2023

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Milicianos mascarados do Hamas carregam suas armas durante o funeral de quatro jovens mortos pelo exército israelense em um ataque à cidade de Tulkarm

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Bandeira do Hamas

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O comandante do grupo Hamas, Ayman Nofal

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Militares de Israel descobrem túneis onde supostamente se escondem integrantes do Hamas

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Um soldado israelense exibe equipamento militar e munições que militantes do Hamas e palestinos usaram no momento do ataque na fronteira sul de Israel com a Faixa de Gaza em 20 de outubro de 2023

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Os combates entre soldados israelenses e militantes islâmicos do Hamas continuam na área fronteiriça com Gaza

Ilia Yefimovich/picture Alliance via Getty Images

Entenda o que é a Faixa de Gaza, lar de 2 milhões de palestinos

No mesmo evento, Sameh Shoukry, ministro das Relações Exteriores do Egito, rejeitou qualquer tentativa de tirar os palestinos de Gaza. Ele também fez um discurso crítico e forte contra Israel, afirmando que o país não praticava a autodefesa, ao atacar o território palestino.

A conferência em Paris reúne representantes de países ocidentais e árabes, das Nações Unidas e de organizações não governamentais. O objetivo é ajudar com urgência os civis na Faixa de Gaza. O território tem sido atacado por Israel após o grupo Hamas cometer ações terroristas contra civis no dia 7 de outubro, ao invadir o país vizinho e matar milhares de pessoas.

Israel não foi convidado, mas a organização do evento afirmou que todas as negociações seriam passadas ao país.

“Hamas assumiu responsabilidade”, diz Macron

O presidente francês, Emmanuel Macron, na abertura da conferência, pediu que os israelenses protejam os civis e, mais uma vez, apelou para uma pausa humanitária nas operações. Ao mesmo tempo, afirmou que o Hamas “assumiu a responsabilidade de expor os palestinos a consequências terríveis”, nos ataques de 7 de outubro, e que Israel tem o direito de se defender.

Desde que os civis sejam protegidos. “Isso é absolutamente essencial, inegociável”, apontou. “Todas as vidas têm o mesmo valor e não existem padrões duplos para aqueles de nós com valores universais e humanistas”, continuou.

“O combate ao terrorismo nunca pode ser realizado sem regras. Israel sabe disso. A armadilha do terrorismo é a mesma para todos nós: ceder à violência e renunciar aos nossos valores”, criticou Macron.

 

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