Eleições venezuelanas foram ‘bem vistas’ pelo governo brasileiro
A presidente Dilma Rousseff ao ser questionada sobre como recebeu a vitória dos oposicionistas na Venezuela, foi lacônica ao dizer apenas que “respeita o resultado democrático”
atualizado
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O resultado das eleições na Venezuela, onde a oposição ganhou por larga maioria as cadeiras do Congresso, foi “bem visto” pelo governo brasileiro. A avaliação do Planalto é de que o resultado afasta os temores de interferência do governo de Nicolás Maduro nas urnas. Também enfraquece a tese do novo presidente da Argentina, Mauricio Macri, que desejava acionar a cláusula democrática do Mercosul, na reunião do dia 21 de dezembro, no Paraguai, alegando que Maduro estaria perseguindo opositores. O presidente eleito argentino acusava o governo venezuelano de tolher a liberdade de expressão.
Hoje, a futura chanceler de Macri, Susana Malcorra, em entrevista a uma rádio local, informou que o resultado das eleições em Caracas fez com que o futuro governo argentino revisse seu plano de pedir a suspensão da Venezuela no Mercosul já que a diferença de votos foi significativa e o presidente Maduro reconheceu a derrota.
A presidente Dilma Rousseff, em entrevista no Planalto, ao ser questionada sobre como recebeu a vitória dos oposicionistas na Venezuela, foi lacônica ao dizer apenas que “respeita o resultado democrático (das eleições)”. Diante da insistência se ela pretendia falar com Maduro para prestar solidariedade, a exemplo do que fez o presidente cubano, Raúl Castro, a presidente não respondeu, mas fez um gesto sugerindo que não via sentido em telefonar para o venezuelano.
Na sexta-feira, quando recebeu o presidente eleito Maurício Macri, Dilma chegou a tocar no assunto e o argentino reiterou que iria pedir a saída da Venezuela do bloco. Na ocasião, Dilma afirmou que este assunto deveria ser tratado apenas depois do resultado das eleições deste domingo, que mostraram uma vitória da oposição. Agora, o governo brasileiro não vê qualquer motivo sequer o assunto ser levado à discussão pelo bloco. No governo brasileiro o recuo de Macri foi elogiado.