Eleições na UE: partidos de esquerda avançam em países nórdicos
Enquanto partidos de esquerda e ecologistas avançam em países nórdicos, extrema-direita recua, segundo resultados preliminares
atualizado
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Os partidos de esquerda registraram avanços significativos nas eleições europeias, realizadas nesse domingo (9/6), nos países nórdicos, contrastando com o recuo da extrema direita. As informações foram apresentadas em resultados preliminares e pesquisas de boca de urna.
Na Suécia, o partido anti-imigração Democratas Suecos, que tinha a expectativa de se consolidar como a segunda maior força política do país, viu as ambições frustradas, obtendo 13,2% dos votos, uma queda de 2,1 pontos percentuais em comparação com as eleições de 2019, com 90% dos votos apurados.
O Partido Verde emergiu como a terceira maior força política da Suécia, conquistando 13,8% dos votos, um aumento de 2,3 pontos percentuais em relação a 2019. O Partido de Esquerda também teve crescimento expressivo, subindo 4,2 pontos percentuais e alcançando 11% dos votos.
Na Finlândia, o partido Aliança registou avanço de 17,3% dos votos, um incremento de quatro pontos percentuais em comparação com 2019, de acordo com resultados baseados na apuração de 99% das cédulas.
A líder da Aliança, Li Andersson, expressou surpresa e alegria com os resultados: “Eu nunca poderia ter sonhado com esses números”.
Com esse desempenho, o partido conquistará três dos 15 assentos reservados à Finlândia no Parlamento Europeu. Em eleições anteriores, a Aliança conseguiu apenas um único assento.
A Coalizão Nacional, partido de centro-direita do primeiro-ministro Petteri Orpo, consolidou sua posição com 24,8% dos votos, um aumento de quase quatro pontos percentuais. Já o Partido dos Finlandeses, de extrema direita e membro da coalizão governamental, sofreu um declínio acentuado, caindo para 7,6%, uma redução de 6,2 pontos percentuais. Com isso, garantirá apenas um assento no Parlamento Europeu.
Na Dinamarca, em meio a um cenário político fragmentado, o Partido Popular Socialista liderou com 17,4% dos votos, um aumento de 4,2 pontos percentuais em relação a 2019, com 99% dos votos contados. No entanto, o Partido Social-Democrata, que lidera a coalizão governamental, registrou recuo, caindo para 15,6%.
As eleições no país foram marcadas por um ataque contra a primeira-ministra Mette Frederiksen, na sexta-feira anterior ao pleito, quando um homem a agrediu em uma praça de Copenhague. Como resultado, Frederiksen não participou de nenhum evento eleitoral noturno.