Eleições nos Estados Unidos têm menos conflitos que o temido
A Linha Direta de Proteção Eleitoral do país informou ter recebido relatos de ligações automáticas de 17 estados desencorajando a votação
atualizado
Compartilhar notícia
Apesar dos temores de violência nos locais de votação das eleições dos Estados Unidos, para a maioria dos americanos esta terça-feira (3/11) seguiu sem grandes interferências, com relatos isolados de incidentes. No início da noite, no entanto, o número de reclamações em todo o país sobre ligações automáticas feitas a eleitores, transmitindo informações falsas, disparou.
A Linha Direta de Proteção Eleitoral disse, ao The New York Times, que recebeu relatos de ligações automáticas de 17 estados desencorajando a votação.
Pelo Twitter, a procuradora-geral de Michigan, Dana Nessel, disse que as chamadas estavam instruindo os eleitores a adiar o comparecimento às urnas para evitar longas filas e possíveis ataques. “Obviamente, isso é FALSO e um esforço para suprimir o voto. Sem longas filas e hoje é o último dia para votar ”, escreveu Nessel. “Não acredite nas mentiras! Faça sua voz ser ouvida!.”
Semana agitada
Apesar da relativa calma durante as votações, policiais de todo o país americano ficaram em alerta nessa terça, já que a última semana foi agitada. Na última segunda-feira (2/11), por exemplo, caravanas de democratas foram bloqueadas nas estradas e Joe Biden, inclusive, precisou cancelar dois comícios no Texas por medo de violência.
A situação se repetiu em outros locais dos EUA, como Georgia, Ohio e Pensilvânia. Pelo Twitter, Donald Trump apoiou a ação postando um vídeo do momento em que carros forçavam o ônibus a diminuir a velocidade e parar no acostamento. “Eu amo o Texas”, escreveu.
Resultado das eleições
O resultado das eleições presidenciais dos Estados Unidos pode não sair em dias, ou mesmo em semanas. E, caso isso aconteça, não será a primeira vez. Em 2000, o republicano George W. Bush só foi reconhecido como o vencedor da disputa um mês após o pleito. O receio agora, 20 anos depois, é que o drama se repita, e a contagem dos votos para Donald Trump e Joe Biden seja judicializada.
Isso atrasaria a definição e criaria instabilidade no país, profundamente dividido em uma das mais tensas campanhas eleitorais modernas nos EUA.
Em 2000, a questão girou em torno da votação na Florida. A disputa no país foi tão apertada que o vencedor no estado ficaria com a maioria no colégio eleitoral e, portanto, levaria a Casa Branca. Sucessivas decisões judicias determinavam a recontagem dos votos em alguns condados ou suspendiam as iniciativas.