Eleições EUA: Taylor Swift apoiará a candidatura de Kamala Harris?
A cantora Taylor Swift ainda não declarou apoio a candidatos nas eleições deste ano. Em 2020, ela endossou a campanha de Joe Biden a Kamala
atualizado
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Desde o início de sua carreira, Taylor Swift se manteve discreta e neutra quanto a assuntos políticos. A cantora evitava se envolver publicamente em debates deste tipo, concentrando-se, principalmente, em sua música e em sua vida pessoal. No entanto, isso mudou quando, em 2020, a artista declarou apoio à chapa de Joe Biden e Kamala Harris na corrida presidencial.
Cerca de um mês antes da eleição, Swift declarou, em entrevista a V Magazine, seu apoio. A declaração destacava a necessidade de líderes que enfrentassem questões cruciais, como segurança para pessoas negras, direitos das mulheres e inclusão da comunidade LGBTQIA+.
Agora, com a desistência de Biden à reeleição e Kamala Harris assumindo seu lugar, a pergunta que fica é: Taylor Swift apoiará a vice-presidente negra dos Estados Unidos na corrida eleitoral? A resposta ainda é uma incógnita, mas os fãs da artista a pressionam para que isso ocorra o quanto antes.
Taylor Swift ainda não declarou apoio a candidatos em 2024
Neste ano, a única publicação voltada a política feita por Taylor Swift foi um pedido para que seus fãs saíssem para votar na “Super Tuesday”, dia-chave no qual vários estados escolhem os candidatos para a eleição presidencial.
Apesar da postagem pedindo que seus seguidores saiam para votar, Taylor não declarou apoio a nenhum candidato.
“Quero lembrar vocês de votarem nas pessoas que mais representam vocês no poder. Se você ainda não fez isso, se planeje para votar hoje”, escreveu.
Taylor pode anunciar apoio a Kamala?
Por enquanto, não há resposta certa para esta pergunta. No entanto, em 2020, Swift declarou apoio à chapa Biden-Harris cerca de um mês antes da eleição, através de uma publicação no X, apresentando uma forma de biscoitos com o logotipo da campanha.
Caso a cantora siga o que fez na última eleição, ela pode declarar apoio a Harris cerca de um mês antes da eleição, ou seja, em outubro, justamente no período em que ela estará fazendo uma pausa em sua turnê mundial, a The Eras Tour.
A fase europeia de sua turnê começou em 9 de maio e vai até 20 de agosto, seguida por uma pausa de dez semanas. A Convenção Nacional Democrata é de 19 a 22 de agosto. O dia da eleição é 5 de novembro, e a turnê de Swift continua no Canadá na semana seguinte. Pode ser que Taylor se manifeste durante esse intervalo.
Os próprios “swifities”, fãs da cantora, pressionam para que ela apoie Kamala Harris. Alguns deles até criaram páginas nas redes sociais a favor da democrata.
Relação entre Biden, Kamala e Swift
Depois de confundir Taylor Swift com Britney Spears durante um evento em 2023, Biden deixou claro neste ano que ele de fato sabe quem ela é e apreciaria, novamente, o seu apoio.
Quando Taylor cedeu os direitos da música “Only the Young” para uma propaganda política condenando Trump, Kamala fez questão de agradecê-la em uma publicação no X.
Thank you @TaylorSwift13 and my friend @EricSwalwell for showing young people what's at stake in this election. https://t.co/T5EQO1GLnC
— Kamala Harris (@KamalaHarris) October 30, 2020
Taylor e seu relacionamento com o jogador de futebol americano Travis Kelce (também apoiador dos democratas) foi alvo de diversas teorias conspiratórias e Biden aproveitou para “surfar na onda” da audiência que o casal do momento atraía.
A relevância da cantora e do jogador começou a incomodar os republicanos, que criaram uma teoria conspiratória de que as aparições do casal na temporada da NFL e a vitória do time do namorado da cantora faziam parte de um “roteiro” para que eles aparecessem cada vez mais, insinuando que o relacionamento de Taylor e Travis seria planejado para também atrair atenção a Joe Biden, que buscava a reeleição.
Para alfinetar seus adversários, Biden brincou várias vezes sobre trabalhar com Swift para fraudar o Super Bowl, com o objetivo de tornar o Kansas City Chiefs vitorioso.
No instagram, ele fez referência à teoria da conspiração após o jogo que teve o Kansas City como campeão.
Em um programa de TV, quando o apresentador pediu ao presidente para “confirmar ou negar” que há uma “conspiração ativa” entre ele e Swift, o presidente respondeu: “É confidencial”. Ele repetiu a frase quando perguntado se ela poderia apoiá-lo novamente em 2024.
Are @POTUS and Taylor Swift actually in cahoots? @sethmeyers puts President Biden on the spot. https://t.co/Sjmf1fi4zr pic.twitter.com/GQ9saZS5Wx
— Late Night with Seth Meyers (@LateNightSeth) February 27, 2024
Taylor é publicamente contra Trump
Quanto a Donald Trump, Swift já deixou claro que não o aprova. Em 2020, a artista pop cedeu os direitos da música “Only the Young” para uma propaganda política condenando Trump. O vídeo convoca os jovens a votarem e condena a administração de do republicana, que na época era presidente.
Em entrevistas, Taylor criticou o republicano: “Trump diz ao público norte-americano que ‘se você odeia o presidente, você odeia a América’. Nós somos uma democracia – ou pelo menos, nós deveríamos ser – e estamos autorizados a discordar e debater”, afirmou ao The Guardian.
No álbum “Lover”, lançado em 2019, há uma faixa chamada “Miss Americana & The Heartbreak Prince”, onde Taylor fala abertamente sobre sua desilusão com o atual governo (quando Trump ainda governava o país) e seu próprio patriotismo.
Em entrevista à revista Rolling Stone em setembro de 2019, Taylor confirma que sua canção “Miss Americana & the Heartbreak Prince” é uma intrincada metáfora em que a corrida eleitoral é retratada como os corredores de um típico “high school” americano.
Cantora é temida pelos Republicanos
O Partido Republicano teme que Taylor Swift vire “cabo eleitoral” nas eleições deste ano. Segundo uma pesquisa divulgada em janeiro, 18% dos eleitores votariam num candidato apoiado pela artista.
A situação incomodou republicanos, personalidades da ultradireita e apoiadores de Donald Trump, já que na corrida eleitoral de 2020 Swift declarou apoio ao atual presidente do país, o democrata Joe Biden, e ele foi eleito.
O estudo, encomendado pela revista americana Newsweek, da Redfield & Wilton Strategies, ouviu, em dezembro de 2023, 1,5 mil norte-americanos aptos a votar. Os jovens predominam entre os que seguiriam a opinião da cantora. O mesmo levantamento apontou, também, que 45% dos eleitores se declaram fãs da artista.