Eleição presidencial na Argentina tem maior abstenção em 40 anos
Eleição teve 74% de presença do eleitorado, segundo a Direção Nacional Eleitoral. Número foi superior ao registrado nas primárias de agosto
atualizado
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A eleição presidencial na Argentina, realizada neste domingo (22/10), registrou a maior abstenção em eleições presidenciais desde 1983, quando houve a redemocratização no país. Segundo informações da Direção Nacional Eleitoral, 74% do eleitorado apto a votar compareceu às urnas. Em 2019, 80% dos eleitores foram às urnas para escolher o presidente.
A votação foi encerrada às 18h. Quando faltava uma hora para o fim do pleito, cerca de 66% dos eleitores aptos a votar haviam comparecido às urnas. Apesar do baixo comparecimento, o número foi superior ao registrado nas primárias de agosto, quando a abstenção foi de 30%.
Neste domingo, os eleitores votaram para escolher presidente, deputados e senadores. O secretário-geral da Presidência, Julio Vitobello, informou que as eleições ocorreram em clima de tranquilidade e normalidade.
Para a Presidência, dois candidatos aparecem virtualmente empatados nas pesquisas: o ultraliberal de direita Javier Milei (Libertad Avanza) e o peronista Sergio Massa (Unión por la Patria), cada um cerca de 30% das intenções de voto.
A candidata centro-direitista Patricia Bullrich (Juntos por el Cambio) aparece um pouco atrás. Juan Schiaretti (Hacemos por Nuestro País) e Myriam Bregman (Frente de Izquierda) também concorrem.
A expectativa é de que haja segundo turno entre Milei e Massa, em 19 de novembro. Se um deles alcançar mais de 45% dos votos, no entanto, a eleição é decidida ainda neste domingo.