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Como previsto pelas pesquisas de opinião na reta final do pleito em Portugal, a direita levou a melhor nas eleições legislativas. Ao fim da noite de domingo (10/3), 99% das urnas estavam apuradas, e a Aliança Democrática, coalização de centro-direita, se consolidou como a sigla com mais deputados no Parlamento, com 79.
O Partido Socialista (PS) terá 77 deputados, uma queda em relação aos 120 que os representava anteriormente. O Chega, de extrema-direita, saiu de 12 parlamentares para 48 com esse pleito. No total, serão 230 deputados, com mais algumas vagas a serem ocupadas ao fim da apuração.
Isso leva o país europeu a uma guinada histórica após oito anos de governo socialista. As eleições ocorrem às vésperas dos 50 anos da Revolução dos Cravos, festa nacional da luta contra a ditadura salazarista, que acontece em 25 de abril.
Os eleitores portugueses atenderam ao chamado dos diversos partidos e do presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, e compareceram às urnas em todo o país, diminuindo significativamente a gigantesca abstenção (de quase 50%) dos pleitos anteriores, de 2019 e 2022. Rebelo de Sousa chegou a afirmar nesse sábado (9/3), durante discurso em cadeia nacional de televisão, que 2024 fechava “uma era em Portugal”.
Segundo dados divulgados pelo Ministério da Administração Interna (MAI), até as 16h, cerca de 51,96% dos eleitores haviam votado, uma porcentagem superior à das últimas legislativas, realizadas em 30 de janeiro de 2022, quando a afluência média às urnas, à mesma hora, era estimada em 45,66%.
O comparecimento também foi superior ao total de votantes em 2022, que foi de 51,42%.
Aliança Democrática
As primeiras apurações das eleições legislativas de Portugal deste domingo mostram projeções de resultados de 29% a 33% para a coligação da direita tradicional da Aliança Democrática, de 24% a 29% para o Partido Socialista (depois de oito anos de maioria absoluta no poder) e de 19% a 21% para o partido de extrema-direita Chega.
Até o fechamento desta edição, a coligação de direita Aliança Democrática (AD), liderada por Luis Montenegro, havia eleito 62 deputados. Já o Partido Socialista (PS), de Pedro Nuno Santos, elegeu 59, e o Chega, de André Ventura, 37.
As legendas Iniciativa Liberal, pequeno partido de direita, elegeu 3 deputados, o Bloco de Esquerda, de esquerda radical, 2, assim como o Livre, também com 2 cadeiras garantidas — num total de 230 da Assembleia da República de Portugal. Para obter maioria absoluta, uma coligação deve ter no mínimo 116 cadeiras.