Em Ceilândia, estudantes fazem passeata por reforma em escolas
Segundo a Polícia Militar, cerca de 400 alunos estiveram no local. Movimentação complicou o trânsito na via Estádio e durou cerca de duas horas
atualizado
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Cerca de 400 alunos de escolas públicas do Distrito Federal organizaram uma passeata em Ceilândia na manhã desta sexta-feira (17/6). De acordo com informações da Polícia Militar, eles saíram da QNP 36 e caminharam até a QNM 19, passando pela administração e pela Coordenação Regional de Ensino da cidade. A principal reivindicação dos estudantes é a reforma nas unidades de ensino.
A movimentação complicou o trânsito na via Estádio e durou cerca de duas horas. Ainda segundo a PM, os estudantes foram recebidos pelo diretor da regional de ensino.A Secretaria de Educação informou que os alunos do Centro de Ensino Médio 10 (CEM 10) de Ceilândia foram encaminhados para o Centro de Ensino Fundamental 29 (CEF 29) no início do ano, uma vez que a primeira unidade está fechada para obras. Não há previsão de quando os reparos serão concluídos.
A pasta ressaltou que, desde o fechamento do CEM 10, os estudantes são assistidos por transporte escolar. “São 10 ônibus que transportam cerca de 800 alunos do CEM 10 até o CEF 29 diariamente”, afirmou, em nota.
“As reformas e reparos são definidos por meio de estudo técnico das necessidades de cada escola e também a partir de reuniões com as coordenações regionais de ensino para elencar as prioridades em ordem de necessidade”, completou a Secretaria de Educação.
Corte de ônibus escolares
Na última sexta (10), outro grupo de estudantes organizou um protesto em frente ao Palácio do Buriti. Eles reivindicaram o Passe Livre Estudantil, uma vez que o Governo do Distrito Federal (GDF) pretende retirar de circulação os ônibus gratuitos que levam e trazem os alunos de ensino médio das escolas.
De acordo com Vivian Rezende, estudante do terceiro ano do Centro Educacional 4 do Guará (CED 4), os ônibus param de circular em 15 de agosto. “Em alguns lugares, como no Cruzeiro, o serviço já foi suspenso. O Passe Livre demora muito para sair e os alunos ficam sem ir à escola nesse período, porque muitos não têm condições de pagar a passagem”, explicou ao Metrópoles.
A reclamação é geral. Yasmin Costa, aluna do segundo ano do ensino médio, afirmou que as paradas são sempre distantes, não existem faixas de pedestres e os estudantes correm riscos. “Os ônibus de linha estão sempre lotados e os alunos estão perdendo as aulas”, disse.
“Fiz o meu cadastro no site antes de 29 de fevereiro e ele ainda não saiu”, alegou Jéssica Volarim, que está no primeiro ano. Estudante do período integral, ela sai da escola às 18h e chega em casa à noite: “É muito perigoso, fico com medo”.
O plano é seguir com os protestos até que a situação seja resolvida. A próxima manifestação será na Estrutural, mas ainda não há data ou horário definidos.