Trump adia por 3 meses plano de aumentar tarifas a produtos chineses
China e Estados Unidos também fecharam acordo para não imporem novas taxas um ao outro a partir do dia 1 de janeiro de 2019
atualizado
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concordou neste sábado (2/12) em suspender durante 90 dias o seu plano de subir de 10% para 25% as tarifas americanas a produtos chineses no valor de US$ 200 bilhões, enquanto negocia com Pequim “mudanças estruturais” a sua política econômica. A Casa Branca fez o anúncio em comunicado depois do jantar de Trump com o presidente da China, Xi Jinping, ao final a Cúpula do G20 em Buenos Aires.
China e Estados Unidos também fecharam um acordo para não imporem novas tarifas um ao outro a partir do dia 1 de janeiro de 2019 e se comprometeram a continuar com as negociações para buscar uma saída para a guerra comercial entre as duas potências, informou neste domingo a emissora estatal chinesa “CCTV”.
O ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, que esteve presente no encontro, um jantar de trabalho marcado por um ambiente “amistoso”, destacou que se trata de um acordo “importante”, do qual só revelou que ambas as partes pactuaram não aplicar tarifas adicionais a partir do dia 1 de janeiro.
Este acordo, disse Wang, citado pela agência estatal “Xinhua”, marca a direção das relações sino-americanas para o futuro, que serão baseadas na cooperação “e na estabilidade”.
Xi se comprometeu a aumentar “substancialmente” as suas compras de “produtos agrícolas, energéticos, industriais e de outro tipo”.
Reunião
“A nossa relação é muito especial e acredito que essa é uma razão pela qual acabaremos conseguindo algo que será bom para a China e bom para os EUA”, disse Trump aos jornalistas logo no começo da reunião.
Xi, sentado de frente para Trump, destacou sua “amizade pessoal” com o presidente americano e lhe pediu para colaborar a fim de garantir a saúde da economia global. “Só com cooperação entre nós podemos impulsionar o interesse da paz mundial e da prosperidade”, afirmou Xi nas suas breves declarações.
Trump destacou que a reunião foi “muito importante” e também sua “incrível relação” pessoal com Xi. Após o jantar, o presidente norte-americano foi para o aeroporto de Buenos Aires para deixar a Argentina rumo a Washington, sem que a Casa Branca informasse imediatamente sobre o resultado do jantar.
A reunião aconteceu no Palácio Duhau de Buenos Aires, sede do hotel Park Hyatt onde Trump esteve hospedado durante a cúpula do G20.
Trump foi acompanhado pelos secretários de Estado, Mike Pompeo; e do Tesouro, Steven Mnuchin; do representante de Comércio Exterior, Robert Lighthizer; de seu genro, Jared Kushner; e do assessor de Segurança Nacional, John Bolton. Também participou do jantar o principal assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow.
Xi foi assessorado por seus principais conselheiros, entre eles o chefe de gabinete do governo, Ding Xuexiang; o vice-primeiro-ministro de Finanças, Liu He; e o ministro de Relações Exteriores, Wang Yi.