Presidente da Comissão Europeia: “Devemos continuar a privar a Rússia”
Sanções e teto ao petróleo foram as medidas adotadas pela União Europeia para impedir o financiamento da guerra contra a Ucrânia
atualizado
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Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, reafirmou nesta sexta-feira (3/2) o compromisso da União Europeia (UE) em manter as sanções e o teto ao petróleo russo. O objetivo é impedir que o país continue financiando a guerra na Ucrânia iniciada no ano passado.
“Devemos continuar a privar a Rússia dos meios [econômicos] para impedir que o país continue a guerra contra a Ucrânia. A proibição da importação de produtos petrolíferos russos pela UE entra em vigor no domingo”, afirmou von der Leyen em suas redes sociais.
“Com o G7 [grupo das sete economias mais desenvolvidas], estamos colocando limites de preço para esses produtos, reduzindo a receita da Rússia e garantindo mercados globais de energia estáveis”, completou.
We must continue to deprive Russia of the means to wage war against Ukraine. EU’s import ban on Russian petroleum products comes into force on Sunday.
With the G7 we are putting price caps on these products, cutting Russia’s revenue while ensuring stable global energy markets.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) February 3, 2023
Teto para o petróleo russo
Entrará em vigor um teto aprovado pela UE onde será pago à Rússia pelo barril de petróleo o valor máximo de US$ 60, independentemente da cotação internacional. Apesar da pressão continente, Moscou informou em dezembro de 2022 que procuraria compradores fora do bloco.
O petróleo é a principal fonte de receita do governo russo.
Ainda em dezembro do ano passado, por meio do Telegram, a embaixada russa em Washington D.C criticou a medida e afirmou que ela fere os princípios de livre mercado. “Ações como essas resultarão inevitavelmente no aumento das incertezas e na imposição de custos mais altos para as matérias primas aos consumidores”, observou. “Apesar dos atuais flertes [do Ocidente] com um instrumento perigoso e ilegítimo, estamos confiantes que o petróleo russo continuará sendo procurado.”