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G20 adota cautela sobre ritmo do aumento de juros

Apesar das “crises multidimensionais sem paralelo”, o G20 quer evitar efeitos indiretos no câmbio e nos países emergentes

atualizado

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Líderes do G20 / flicker Metrópoles
1 de 1 Líderes do G20 / flicker Metrópoles - Foto: G20 / flicker Metrópoles

Líderes do G20 assinaram, nesta quarta-feira (16/11), uma declaração afirmando que a economia global enfrenta na atualidade “crises multidimensionais sem paralelo” que vão desde guerra na Ucrânia, fim da pandemia e inflação. As informações são da agência Reuters.

Com isso, há uma pressão grande sobre os bancos centrais em relação à política monetária para evitar que essa inflação seja ainda mais forte nos países desenvolvidos. Diante disso, o G20 agora quer adotar alguma cautela sobre a elevação dos juros para evitar  “efeitos indiretos”, como volatilidade cambial.

“Os bancos centrais [do G20] estão monitorando de perto o impacto das pressões sobre preços nas expectativas de inflação e continuarão a calibrar apropriadamente o ritmo do aperto da política monetária de uma maneira dependente de dados e claramente comunicada”, disse o comunicado assinado após um encontro de dois dias da cúpula do G20, em Bali, na Indonésia.

Emergentes

Devido aos riscos de recessão e aperto monetário, o comunicado aponta para uma possível fuga de capital dos países emergentes se os aumentos forem mais agressivos. “A independência do banco central é crucial para atingir esses objetivos e reforçar a credibilidade da política monetária”, acrescentou o comunicado. 

Para tanto, os líderes pediram que os gastos fiscais, já considerados inevitáveis devido ao aumento da pobreza e necessidade de retomada da economia no pós-pandemia, sejam “temporários e direcionados” para famílias vulneráveis.

Brasil 

De acordo com os últimos boletins Focus, o Banco Central (BC) do Brasil ainda não demonstrou a intenção de aumentar a Selic, atualmente em 13,75%. A taxa está travada há duas reuniões do Copom. 

O país também voltou a registrar aumento da inflação após três meses de deflação, provando que a queda era “artificializada” pelos cortes de impostos e não pelo mercado. Com o cenário “adverso”, a Selic ainda não tem previsão de queda até o próximo ano.

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