Foxconn, que produz o iPhone, pede desculpas após protestos em fábrica
Empresa alega que cometeu um “erro” ao pagar salários. Problema provocou confronto entre funcionários e seguranças em unidade na China
atualizado
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A chinesa Foxconn, a maior fabricante global de iPhones, da Apple, desculpou-se hoje, quinta-feira (24/11), por um “erro técnico” relacionado ao pagamento de novos funcionários da companhia. O caso provocou agitação e protestos entre trabalhadores nas fábricas da empresa.
De acordo com informações da Reuters, na quarta-feira (23/11), problemas com pagamentos de salários levaram funcionários da companhia a quebrar câmeras de vigilância e a entrar em confronto com equipes de segurança, na indústria localizada em Zhengzhou.
Gigante, a fábrica abriga mais de 200 mil trabalhadores. Tem dormitórios, restaurantes, quadras de basquete e um campo de futebol em suas instalações. Ela responde por 70% das remessas de iPhone para o mundo.
Ali, são produzidos modelos como o iPhone 14 Pro e Pro Max. A Apple informou que mantém funcionários na fábrica e trabalha em estreita colaboração com a Foxconn para que os funcionários sejam atendidos em suas reivindicações.
Os problemas na Foxconn acontecem em um momento no qual a China enfrenta um avanço do número de infecções por Covid-19. Cidades de todo o país estão impondo bloqueios e testes em massa. Ações que, segundo analistas, podem abalar o desempenho da segunda maior economia do mundo e a maior parceira comercial do Brasil.
Ainda assim, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), entidade que reúne as nações mais ricas do mundo, manteve as perspectivas de crescimento da economia chinesa, em relatório divulgado na terça-feira (22/11). A OCDE prevê um avanço de 3,3% neste ano para o PIB da China, ante uma média mundial de 3,1%. Em 2023, essa diferença tende a aumentar. A estimativa é de 4,6% para os chineses, contra 2,2% para o restante do mundo.