Fed decide cortar juros nos EUA para faixa de 4,25% a 4,50% ao ano
Fed, o Banco Central americano, reduziu os juros dos EUA em 0,25 ponto percentual, em terceira redução seguida
atualizado
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O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed), o Banco Central americano, decidiu nesta quarta-feira (18/12) cortar os juros nos Estados Unidos em 0,25 ponto percentual. A decisão leva os juros para um intervalo entre 4,25% e 4,50% ao ano (estavam no intervalo de 4,50% a 4,75% ao ano). Esta foi a última reunião do comitê de 2024.
O corte já era amplamente esperado em virtude da desaceleração da inflação e do mercado de trabalho.
Esta foi a terceira redução seguida da autoridade monetária e mostra uma desaceleração no ritmo de corte dos juros. O primeiro recuo, de 0,50 ponto percentual, foi feito em setembro, no primeiro corte desde 2020.
“Indicadores recentes sugerem que a atividade econômica continuou a se expandir em um ritmo sólido. Desde o início do ano, as condições do mercado de trabalho melhoraram em geral e a taxa de desemprego aumentou, mas permanece baixa. A inflação progrediu em direção à meta de 2% do comitê, mas permanece um tanto elevada”, disse o Fed, em nota.
O documento prossegue: “O comitê considera que os riscos para alcançar os seus objetivos de emprego e de inflação estão aproximadamente equilibrados. As perspectivas econômicas são incertas e o comitê está atento aos riscos para ambos os lados do seu duplo mandato”.
O Fed ainda informou que continuará a monitorar as implicações das informações recebidas para as perspectivas econômicas, incluindo leituras sobre as condições do mercado de trabalho, pressões inflacionárias e expectativas de inflação. “O comitê estará preparado para ajustar a orientação da política monetária conforme apropriado caso surjam riscos que possam impedir a consecução dos objetivos do comitê”.
Votos
Votaram pela decisão vencedora Jerome H. Powell, presidente; John C. Williams, vice-presidente; Thomas I. Barkin; Michael S.Barr; Rafael W. Bostic; Michelle W. Bowman; Lisa D. Cozinheiro; Maria C. Daly; Philip N. Jefferson; Adriana D. Kugler; e Christopher J. Waller.
O único voto divergente foi de Beth M. Hammack, que votou por manter os juros estáveis, no intervalo de 4,50% a 4,75% ao ano.