Em meio a crise, Liz Truss demite ministro das Finanças do Reino Unido
Kwasi Kwarteng deixa o cargo após o governo divulgar um plano financeiro controverso que abalou mercados e alarmou agências financeiras
atualizado
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A primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, demitiu o ministro das Finanças, Kwasi Kwarteng (imagem em destaque), nesta sexta-feira (14/10). A saída ocorre na esteira do plano anunciado pelo governo que alarmou os mercados sobre os riscos de desequilíbrio fiscal envolvendo um “alívio” nas contas de energia aos consumidores.
A cadeira de Kwarteng não ficou vaga por muito tempo e ele já tem um sucessor. A página oficial do gabinete de Truss divulgou, há pouco, que o ex-ministro das Relações Exteriores Jeremy Hunt foi nomeado para o cargo.
Today the Prime Minister appointed her new Chancellor @Jeremy_Hunt.
Together they are committed to delivering the strong and sustained growth Britain needs to transform the prosperity of our country for years to come. pic.twitter.com/jSaHZKGEi8
— UK Prime Minister (@10DowningStreet) October 14, 2022
O plano fiscal que derrubou Kwarteng envolvia cortes de impostos, aumento dos empréstimos para impulsionar o crescimento da economia britânica – que sente os reflexos da pandemia, da guerra da Ucrânia e dos impactos causados pelo Brexit (a saída do Reino Unido da União Europeia).
O pacote e os títulos do governo nesta semana, com o anúncio do plano e os temores sobre o futuro da economia do país, despencaram. O mercado temia mais inflação em um momento delicado onde os preços já estão elevados e os países desenvolvidos trabalham com altas taxas de juros.
O plano de Liz Truss também sofreu duras críticas do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Kwasi Kwarteng ficou no cargo por apenas 38 dias – o segundo mandato mais curto da história da pasta. Em 1970, Iain Macleod morreu 30 dias depois de assumir as finanças.