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Dólar tem nova alta e fecha a R$ 3,55. Maior valor em quase dois anos

Mercado reagiu à decisão do FED (banco central norte-americano) de manter os juros básicos da economia dos EUA na faixa entre 1,50% e 1,75%

atualizado

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Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Marcello Casal Jr/Agência Brasil
1 de 1 Marcello Casal Jr/Agência Brasil - Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O dólar teve mais um pregão de forte alta nesta quarta-feira (2/5) em relação ao real e a outras moedas, em função da reunião do Federal Reserve (FED, o banco central norte-americano). Logo após o comunicado do FED, a moeda perdeu por um pequeno momento a força de alta, mas perto do fechamento voltou a subir e fechou quase na máxima do dia. O dólar à vista encerrou o pregão a R$ 3,5518, com valorização de 1,36%.

A moeda prossegue no patamar de junho de 2016, maior valor desde 2 de junho daquele ano, quando fechou cotada a R$ 3,5843. Naquela época, o mercado ainda avaliava se o governo Temer teria força política para aprovar o ajuste fiscal e o FED sinalizava que os juros norte-americanos não subiriam no curto prazo.

O giro negociado nesta quarta, pós-feriado, foi elevado: US$ 1,8 bilhão no segmento à vista e, no mercado futuro, perto das 17h20, o volume se aproximava de US$ 25 bilhões. O dólar para junho, nesse horário, subia 1,25%, cotado a R$ 3,5620.

Conforme esperado, o FED manteve as taxas de juros nos EUA inalteradas e, no comunicado, não foi exatamente enfático sobre a necessidade de um aperto monetário maior. Mesmo assim, o mercado continua apostando que haverá uma nova alta das taxas em dezembro deste ano.

Conforme os números do CME Group, as apostas dos investidores em mais elevações de juros dos Estados Unidos neste ano aumentaram ligeiramente hoje. Além de elevações dadas praticamente como certas, em junho e setembro, as apostas para outra elevação em dezembro aumentaram de 47,6% antes do FED para 49,1% após o comunicado da autoridade, segundo dados da CME Group.

Real
O real também segue muito pressionado pelo aumento da procura por hedge cambial por aqui – por conta da menor diferença entre as taxas de juros brasileiras e externas, ficou muito mais barato fechar esse “seguro” contra a oscilação cambial. Os investidores estrangeiros têm aproveitado a oportunidade para fazer o hedge para o estoque de operações e as empresas, a fim de proteger suas dívidas.

O Banco Central informou nesta quarta que o Brasil acumulou ingresso de US$ 13,075 bilhões nas quatro primeiras semanas de abril, até o dia 27, dividido quase que igualmente entre fluxo comercial e financeiro.

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