Comércio de mercadorias no G20 cai pela 1ª vez em dois anos
De acordo com a OCDE, as exportações dos países do G20 recuaram 1,3% no terceiro trimestre de 2022, enquanto as importações caíram 1,1%
atualizado
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O comércio de mercadorias dos países que compõem o G20, entre os quais o Brasil, registrou queda pela primeira vez em dois anos.
Segundo dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), as exportações recuaram 1,3% no terceiro trimestre de 2022, enquanto as importações caíram 1,1%.
Segundo a OCDE, o resultado do comércio de mercadorias reflete a diminuição da demanda global, além do recuo da maioria dos preços dos bens após terem atingido o pico.
As exportações em valor recuaram 4% no Brasil. Entre os países que tiveram quedas no indicador, estão Canadá (-3,3%), África do Sul (-6,7%), Austrália (-7,2%), Argentina (-8,8%) e Índia (-11,2%).
“É cedo para tirar qualquer conclusão, mas os últimos dados sobre o comércio de mercadorias do G20 merecem um monitoramento especial, já que a economia global enfrenta múltiplos desafios, incluindo o aperto monetário, a diminuição dos preços das commodities e o resfriamento da demanda”, alertou o chefe de estatísticas da OCDE, Paul Schreyer, em comunicado.
Balança comercial do Brasil
Segundo dados divulgados na segunda-feira (21/11) pelo Ministério da Economia, a balança comercial brasileira registra um superávit de US$ 54,84 bilhões no acumulado de 2022
Em relação ao período de janeiro a novembro do ano passado, o resultado corresponde a uma queda de 1,4%.
Considerando apenas a terceira semana de novembro, o superávit da balança comercial foi de US$ 1,833 bilhão, enquanto a corrente de comércio chegou aos US$ 11,144 bilhões.
Nas três primeiras semanas do mês, o saldo positivo entre exportações e importações é de US$ 3,49 bilhões, com uma corrente de comércio de US$ 31,48 bilhões – alta de 18,4% em relação ao mesmo período de 2021.