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China lança pacote para salvar setor imobiliário

Anúncio do governo da China levou à alta de títulos de empresas imobiliárias negociados na Bolsa

atualizado

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Reprodução/SOPA images via Getty Images
HONG KONG, CHINA - 2021/09/20: China Evergrande Centre sign seen on the front of their building. Fears of China property group Evergrande defaulting on debt have investors worried about the potential impact on the wider global economy. These concerns dragged Hong Kong stocks towards to a one-year low. (Photo by Katherine Cheng/SOPA Images/LightRocket via Getty Images)
1 de 1 HONG KONG, CHINA - 2021/09/20: China Evergrande Centre sign seen on the front of their building. Fears of China property group Evergrande defaulting on debt have investors worried about the potential impact on the wider global economy. These concerns dragged Hong Kong stocks towards to a one-year low. (Photo by Katherine Cheng/SOPA Images/LightRocket via Getty Images) - Foto: Reprodução/SOPA images via Getty Images

O governo da China anunciou um pacote de medidas para tentar evitar o colapso do setor imobiliário do país, duramente atingido pelas restrições impostas durante a pandemia de Covid-19.

O anúncio de Pequim, na sexta-feira (11/11), levou à alta de ações e títulos de empresas imobiliárias chinesas negociados na Bolsa de Valores nesta segunda-feira (14/11).

Em Hong Kong, o índice Hang Seng Mainland Properties fechou o dia com ganhos de 13%. As ações da Country Garden, uma das maiores incorporadoras da China, avançaram mais de 36%. Vários títulos em dólar da companhia subiram quase 50%.

O pacote do governo chinês foi anunciado pela agência que regulamenta o setor bancário no país e pelo Banco Central da China. São 16 diretrizes que têm como objetivo promover o “desenvolvimento estável e saudável” do setor.

Principais medidas

As mudanças anunciadas pela segunda maior economia do mundo incluem a extensão do prazo de fim de ano para os credores limitarem sua proporção de empréstimos ao setor imobiliário; a extensão dos empréstimos fiduciários pendentes; crédito para construtoras endividadas; apoio financeiro para garantir a conclusão e entrega de projetos parados; e renegociação de dívidas dos compradores. As medidas têm potencial de atingir mais de 25% do total de empréstimos bancários da China.

O mercado reagiu com otimismo ao pacote do governo chinês. As mudanças foram interpretadas como o maior movimento de Pequim até aqui para enfrentar a crise de crédito que afeta o setor imobiliário no país.

A derrocada do segmento imobiliário na China levou ao aumento generalizado da inadimplência e à queda das vendas de imóveis. As autoridades do país temem ainda a instabilidade social: nas últimas semanas, centenas de milhares de possíveis proprietários de apartamentos vêm boicotando os pagamentos de hipotecas em quase 100 cidades.

O tamanho da crise

Em 2020, no início da pandemia, Pequim impôs duras restrições ao crédito para as empresas do setor imobiliário. As medidas agravaram problemas de liquidez e fizeram com que muitos grupos deixassem de pagar seus títulos.

Empresas como a Evergrande, a maior do setor na China, não conseguiram concluir seus projetos. Na semana passada, credores da imobiliária chinesa venderam um terreno desocupado da empresa em Hong Kong por quase US$ 637 milhões – para pagar parte da gigantesca dívida da companhia.

O local seria utilizado para a construção de um projeto residencial que incluiria uma mansão para o presidente da incorporadora, Xu Jiayin. Segundo a própria Evergrande, a expectativa é a de que transação resulte em um prejuízo de US$ 770 milhões.

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